Rodrigo Janot no “Porta dos Fundos”

Por: Alex Solnik

Pensando bem, as autoridades brasileiras que desfilam todo dia nos jornais e telejornais brasileiros não são de todo incompetentes; estão apenas nos lugares errados.

Temer, por exemplo, pode ser (e é) um péssimo presidente da República, mas daria um impagável mordomo em qualquer filme de terror, como, aliás, previu o dono da capitania hereditária da Bahia, Antônio Carlos Magalhães que, por sua vez, foi um péssimo governador, mas ótimo piadista.

O único obstáculo é que Temer só poderia fazer carreira em Hollywood, já que os filmes de terror brasileiro, os escritos, dirigidos e interpretados por Zé do Caixão, são tão pobres que não têm castelos nem mordomos. No orçamento só cabem legiões de baratas.

Alexandre de Moraes, por sua vez, está se candidatando sem fazer muita força ao título de pior ministro da Justiça da história do Brasil, mas tem inequívocas qualidades tanto para um papel de destaque na “Família Adams” quanto para ser o “Kojac” brasileiro.

Mas o maior exemplo de “homem errado no lugar errado” é o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Segundo o jornalista Clóvis Rossi (este, sim, homem certo no lugar certo) Janot vai dizer hoje, em Davos, que a Lava Jato “atrai investidores porque trouxe segurança jurídica”.

Muito mais responsável do que eu, Clóvis Rossi não pôde nem colocar um “rsrsrsrs” ou um “kkkkk” no fim da declaração.

Embora não seja mais possível candidatar-se ao papel de “Pedro Bó” no “Chico Anysio Show”, quando sair da PGR, em setembro próximo, Janot teria um lugar garantido na equipe de redatores e comediantes do “Porta dos Fundos”.

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