Rogério Bahia parte para o ataque em defesa do seu mandato de vice-prefeito de Curaçá
Grazzielli Brito – Ação Popular
Rogério Bahia (PMDB), vice-prefeito de Curaçá, Bahia, esclarece à população sobre a ação judicial que pede a cassação de seu mandato bem como do prefeito Carlos Brandão (PPS). Como a melhor defesa é sempre o ataque, Rogério, além de esclarecer questões sobre a referida ação, fez severas críticas à gestão do ex-prefeito Salvador Lopes (PT), cuja coligação é responsável pelo pedido de cassação.
A população de Curaçá encontra-se alarmada pela notícia de que o prefeito eleito pode deixar o cargo. Ainda que essa questão jurídica tramite em segredo de justiça, muitos dados foram revelados e noticiados na imprensa local, alguns verdadeiros, outros não. Para tranquilizar a população da cidade Rogerio responde: “Como diz o velho ditado, quem não deve não teme”.
“Fomos notificados dessa ação, que corre em segredo de justiça, daí minha indignação dessas fontes que lançam informações irreais com único objetivo de tirar o verdadeiro foco, que deve ser de como encontramos o município de Curaçá. Ainda nem houve marcação de audiência, estamos esperando o devido processo legal para ampla defesa. Foram arroladas 42 testemunhas, 6 testemunhas para cada parte processada: eu, Carlinhos e mais 5 vereadores. Eu não posso entrar em minúcias processuais porque tenho ética. Mas foram ‘produzidas’ provas para essa ação que não posso externar publicamente, o que posso dizer é que não vamos ser cassados a população pode ficar tranquila”, explica Rogério, que também é advogado.
Dizem que uma das acusações é a de que a coligação de Carlos Brandão ofereceu combustível em troca de votos durante a campanha eleitoral. “Comenta-se que há gravação disso, vídeos produzidos pela coligação adversária, em resposta devo falar que eles é que demostraram dessa forma abuso de poder econômico, pois alugaram um quarto de hotel por 45 dias com fim exclusivo de fazer filmagem dos nossos abastecimentos, abastecimentos esses relacionados por nós e inseridos na prestação de contas da campanha que foi homologada pelo juiz da comarca”, defendeu-se.
Em virtude do ataque sofrido, Rogério revidou as acusações com documentos que segundo ele comprovam a prática de improbidade administrativa da administração anterior. “O que eles estão fazendo é um terrorismo psicológico para desviar de uma coisa importante que vou dizer agora: A situação como encontramos o município de Curaçá, que não é diferente da deixada em Sobradinho, Casa Nova, entre outros”.
As acusações contra a gestão Salvador Lopes são graves. Uma delas dá conta de que os servidores que fizeram empréstimo consignado, na Caixa Econômica Federal (CEF) e no Banco do Brasil, tiveram esse dinheiro retirados do seu pagamento, mas não repassados aos bancos, que hoje cobram da atual gestão uma dívida que somente da CEF ultrapassa os 240 mil reais. “O funcionário pagou e o banco não recebeu, isso é apropriação indébita de valores”, diz o vice-prefeito.
Ele conta ainda que os telefones da prefeitura estão cortados, existem servidores com dois meses de salários atrasados e sem décimo terceiro, demostrando uma total falta de compromisso da administração passada. “Quem está cassado é o ex-prefeito e seu vice, eles sim respondem a cinco processos por improbidade administrativa, dos quais dois já foram sentenciados em 1º grau, onde eles tiveram 8 anos de suspensão de seus direitos políticos. Quanto a esse processo de cassação, que estamos respondendo, repito. Quem não deve, não teme”, finalizou.
A reportagem tentou manter contato com ex prefeito Salvador Lopes e não conseguiu.