Fernando Veloso/FolhaPE
O Senador Romário (PSB/RJ) foi eleito por aclamação o presidente da CPI do Futebol. O ex-jogador já havia revelado o desejo de ser o relator da CPI, mas acabou ficando com a presidência e indicou o Senador Romero Jucá (PMD/RR) para ser o relator. A CPI terá 180 dias para investigar as mazelas do futebol brasileiro, a realização da Copa do Mundo de 2014, com a construção de arenas superfaturadas será o foco principal da comissão. “Como presidente da CPI do Futebol, vou dar o melhor possível atrás desse objetivo, que é moralizar o nosso futebol”, escreveu o Senador Romário em sua conta no twitter.
Onze senadores farão parte da CPI: o Senador Humberto Costa (PT/PE), que já foi investigado pela Polícia Federal na máfia dos Vampiros e no escândalo dos Sanguessugas, o Senador Fernando Collor (PTB/AL), que teve nesta terça seus carros de luxo confiscados pela PF por conta das investigações da operação Lava Jato, o Senador Ciro Nogueira (PP/PI), que também está sendo investigado na Lava Jato, Zezé Perrella (PDT/MG) ,ex-presidente do Cruzeiro, que teve um helicóptero seu apreendido com 443 kg de cocaína pela Polícia Federal, Donizeti Nogueira (PT/MG), Eunício Oliveira (PMDB/CE), Romero Jucá (PMDB/RR), Omar Aziz (PSD/AM), Álvaro Dias (PSDB/PR), David Alcolumbre (DEM/AP) e Romário (PSB/RJ).
A comissão terá o teto de 100 mil reais em despesas para concluir as investigações. Com a exceção de Romário, essa escalação dos onze senadores não inspira confiança alguma de que algo de bom venha acontecer no futebol brasileiro após a CPI. O ex-jogador terá uma missão complicada, investigar e tentar moralizar o futebol brasileiro acompanhado de velhas raposas da política brasileira.