Por João Pedroso de Campos, do Metrópoles – A defesa do presidente eleito do União Brasil, Antônio Rueda, apresentou na noite desta terça-feira (12/3) ao STF informações a respeito dos incêndios que atingiram casas de praia dele e de sua irmã, no litoral de Pernambuco, na segunda-feira (11/3). Os advogados de Rueda querem que o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar, seja investigado pelo caso.
A petição foi enviada ao ministro Kassio Nunes Marques, relator do pedido da Polícia Civil do Distrito Federal que havia solicitado, na quarta-feira da semana passada, a abertura de investigação contra Bivar por ameaças a Rueda. O processo tramita em segredo de Justiça no Supremo.
Conforme revelou a coluna na semana passada, o pedido da polícia para que o presidente do União fosse investigado foi apresentado ao STF após representação criminal de Antônio Rueda contra Luciano Bivar.
A queixa citou ameaças de Bivar a Rueda e a uma pessoa de sua família, que não é a irmã dele, Maria Emília Rueda, tesoureira do União Brasil, cuja casa também foi incendiada. O principal elemento de prova da acusação de Rueda é um vídeo em que ele aparece ouvindo de Bivar uma ameaça ao telefone, publicado com exclusividade pela coluna nesta terça (12/3).
Ao apresentar a representação criminal contra Bivar, a defesa de Rueda havia solicitado à polícia que o caso não tramitasse no STF, por não ter relação com o mandato do deputado federal. Agora, no entanto, a defesa acredita que tenha havido alterações no quadro, com possível relação com o mandato, e pretende que o caso siga sob o Supremo.
O advogado de Antônio Rueda, Paulo Emílio Catta Preta, disse à coluna nesta terça que as suspeitas da defesa em relação aos incêndios recaem sobre Luciano Bivar. “Não temos como não suspeitar de Bivar”, afirmou.
O deputado federal nega ter relação com os incêndios das casas na Praia de Toquinho, litoral sul de Pernambuco.