Rui Costa repete discurso e avisa que PCdoB tem que ‘convencer aliados’ para ter vice

Rui Costa repete discurso de 2013 e avisa que PCdoB tem que ‘convencer aliados’ para ter vice

Negromonte e Nilo seguem na dianteira | Fotos: GOV BA/ Max Haack/ BN
Presente na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia nesta segunda-feira (3), o chefe da Casa Civil e pré-candidato a governador, Rui Costa (PT), respondeu novamente sobre o tema número um em qualquer entrevista que concede: quem é o vice? Coincidência ou não, o processo dentro da base governista está praticamente igual ao que levou o secretário a ser escolhido pelo governador Jaques Wagner. Dois adversários de peso brigavam pela indicação: na época o secretário de Planejamento José Sérgio Gabrielli e o senador Walter Pinheiro. Hoje estão no páreo PP e PDT. Também se repete o fato de um terceiro nome correr por fora: antes o ex-prefeito Luiz Caetano e hoje o PCdoB. Para completar, a decisão vai desagradar alguém, mas será tomada pelo “coordenador do processo” – leia-se governador Jaques Wagner (PT) – com base em critérios objetivos e subjetivos. Se no ano passado Gabrielli tinha o apoio de grandes caciques petistas e Pinheiro maior peso eleitoral, hoje o PP tem mais capilaridade, enquanto o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), vence na disputa nominal e no apoio de políticos aliados. Pelo sim pelo não, Rui Costa afirmou ao Bahia Notícias que se os comunistas quiserem elevar a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) ao posto de candidata a vice, antes terão que convencer os pares. “Acho legítimo [o desejo do PCdoB]. O ideal – e já manifestei isso ao PCdoB – é que além de lançar [Alice], ele inicie conversas bilaterais entre os partidos, incluindo o PDT e o PP. O governador, que é o coordenador desse processo, não vai definir sem ouvir todas as lideranças”, avisou Rui. Os petistas torcem para que o processo não termine com semelhanças a 2013, quando um dos postulantes, Pinheiro, saiu claramente insatisfeito. 
Outra afirmação idêntica à usada por Wagner para escolher o secretário foi usado pelo chefe da Casa Civil quando relatou para o Bahia Notícias que PP e PDT têm “preferência para indicar o vice, mas não exclusividade”, como aconteceu com o PT em 2013. O candidato pontuou os critérios objetivos que serão usados para definir o escudeiro, números analisados pelo BN: tempo de televisão, prefeituras, votos, deputados federais, deputados estaduais, diretórios e outros. No entanto, o governadorável escorregou ao ser lembrado que, neste cenário, o PP, presidido pelo deputado federal Mário Negromonte, larga na frente. “É, nesses critérios objetivos, o maior é o PP. Mas, os dois [PP e PDT] estão muito próximos. Os outros partidos, como PCdoB, estão mais atrás. Mas, esses critérios não são absolutos”, titubeou. O governador seguiu uma linha mais abrangente, ao deixar todas as legendas em igual situação. “Todos aqueles que demandam têm legitimidade para demandar. Todos os nomes são qualificados. Agora vamos ter que em algum momento – pelo diálogo e pelo compromisso – chegar a um denominador comum. Depois do carnaval a gente bate o martelo”, pontuou. Uma eventual antecipação só ocorre “se houver consenso na base”, garantiu Rui. O Bahia Notícias também perguntou a Wagner sobre possibilidade de Alice Portugal ganhar a disputa, mas o governador riu e continuou andando: “só falo sobre o assunto após o carnaval”. 

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