Russos morrem mais cedo e a culpa é da vodca

O número elevado de mortes precoces na Rússia deve-se principalmente ao consumo excessivo de álcool, especialmente vodca, sugerem pesquisadores.

O estudo, publicado no jornal especializado The Lancet, diz que 25% dos homens russos morrem antes dos 55 anos, a maioria deles por causa do álcool. No Reino Unido, a proporção é de 7%. Já no Brasil, onde a violência mata muitos jovens, 37% dos homens não chegam a completar 55 anos.

As causas de morte relacionadas à bebida na Rússia incluem doença hepática e intoxicação por álcool. Muitos também morrem em acidentes ou brigas.

O estudo é considerado o maior do tipo no país. Pesquisadores do Centro de Pesquisa do Câncer da Rússia, em Moscou, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e da Organização Mundial de Saúde na França acompanharam os padrões de consumo de 151 mil adultos, em três cidades russas, por até dez anos.

Durante esse período, 8 mil deles morreram. Os pesquisadores também se basearam em estudos anteriores em que as famílias de 49 mil pessoas mortas responderam sobre seus hábitos de consumo de álcool.

“As taxas de mortalidade dos russos têm flutuado descontroladamente nos últimos 30 anos, na medida em que as restrições ao álcool e a estabilidade social variaram sob os presidentes (Mikhail) Gorbachev, (Boris) Yeltsin e (Vladimir) Putin. A vodca foi o principal fator determinando essa variação no número de mortes “, disse o professor de Oxford Richard Peto, um dos autores do estudo.

Cada adulto russo bebe, em média, 13 litros de álcool puro por ano, dos quais 8 litros de destilados, principalmente vodca. No Brasil o número comparável é de 9,2 litros por adulto, sendo que 54% desse consumo é cerveja e 40%, destilados. (BBC)

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