Saída dos Coelho do PSB ameaça reeleição de Câmara

Fernando Bezerra Coelho sabe fazer política, está com raiva do PSB e tem o “faro” do poder

Desde que estreou na vida pública em 1982, com pouco mais de 20 anos de idade, o senador Fernando Bezerra Coelho fez do pragmatismo sua marca política. Foi secretário e líder do governo Roberto Magalhães, na Assembleia Legislativa, mas em 1986 estava com o pai, Paulo Coelho, no palanque de Miguel Arraes, que voltara triunfalmente do exílio e era candidato novamente ao governo estadual. Arraes derrotou seu então adversário, José Múcio, e Fernando Bezerra foi sócio da vitória. Em 1998, já filiado ao PSB, FBC foi candidato a vice na chapa de Arraes, que perdeu para Jarbas Vasconcelos, mas não teve conversa. Em 2002 lá estava ele no palanque de Jarbas, que concorria à reeleição contra o arraesista Dilton da Conti. E novamente sagrou-se vitorioso. Em 2006, então prefeito de Petrolina, foi convidado por Eduardo Campos para retornar ao PSB (pertencia ao PPS) e ser um dos coordenadores de sua campanha ao Governo do Estado. Renunciou ao mandato para aliar-se ao neto de Arraes e deu importante contribuição à sua vitória. Agora, filiado ao PMDB e rompido com o governador Paulo Câmara, é uma ameaça concreta à reeleição do governador porque sabe fazer política, está com raiva do seu ex-partido e tem o “faro” do poder.

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