Salvador vira a cidade da buraqueira

Rayllanna Lima

Salvador está cheia de buracos, e isso não é mais novidade. Há buracos em vários pontos da cidade e, com as fortes chuvas que vêm atingindo a capital baiana, só fazem aumentar. O número crescente de buracos nas ruas torna a vida da população mais difícil.

Em toda a cidade, buracos testam constantemente a atenção dos motoristas e pregam peças nos mais distraídos. No bairro Cidade Nova, um profundo buraco bem no meio da Rua Rodrigo de Menezes, conhecida como Ladeira do Ypiranga vem causando prejuízos a quem passa pela região.

Os moradores reclamam da falta da atenção dos órgãos públicos que já foram acionados diversas vezes, mas quase nada foi resolvido. Roniere Santos, 32 anos, que trabalha em um posto decombustível bem em frente ao buraco diz que há quatro meses está trabalhando no local e, desde que chegou, o buraco continua lá. “Eles vieram, taparam um buraquinho que tinha ali em frente a um órgão do governo e não fizeram nada com relação a esse buraco gigante no meio da pista.” diz o frentista.

Sem muito a fazer, os moradores recorrem a cones, tábuas e qualquer outro objeto que ajude a sinalizar o buraco. Revoltada com a situação, a dona de casa Antônia Mello, 52 anos, contou que há vários buracos na região, onde já foram tapados, mas pouco tempo depois voltaram a abrir. “Só vão consertar de verdade quando partirmos para briga e fizermos protesto. Há uma escola bem em frente a esse buraco. Crianças passam por aqui todos os dias” reclamou dona Antônia

Um comerciante da região que não quis se identificar informou que a Paróquia da Igreja São Judas Tadeu vem entrando em contato com a prefeitura, mas não vê nada acontecer. Ele informou ainda que, já ocorreram vários acidentes de carros no local, onde o motorista tenta desviar do buraco e acaba provocando um acidente. O comerciante também reclama de um vazamento constante de esgoto. “Esse esgoto desce por quase toda a Ladeira do Ypiranga. Vêm e desentopem, mas sempre volta a entupir.” diz ele.

A equipe deste Jornal procurou a Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador (SUCOP), mas não obteve contato até o fechamento da matéria. (Tribuna)

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