Santa Cruz conquista o título da Série C após vencer o Sampaio Corrêa no Arruda

O futebol carrega várias verdades. Uma delas: time grande tem de ter títulos. Se queres ser respeito no teu país, tens de conquistar títulos nacionais. O país que se diz como o “do futebol” carrega suas verdades. E suas particularidades. Aqui, existem times que são grandes, têm camisa, tradição, torcida… mas que não conquistam nacionais. Neste domingo, diante de quase 40 mil torcedores, o Santa Cruz se adequou a qualquer linha de pensamento que você queira traçar. A qualquer raciocínio. Venceu o Sampaio Corrêa por 2×1 e conquistou  o seu primeiro título nacional, o Campeonato Brasileiro da Série C.

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Pode parecer pouco, mas não. O que circunda a conquista é tão grandioso quanto o clube. O Santa Cruz tirou um fardo das costas. A verdade é que os tricolores, intimamente, sempre se sentiram incomodados em não terem títulos nacionais. E mais: sair do martírio que foram os seis últimos anos da Cobra Coral, capengando entre Séries C e D, com uma conquista, teve um sabor especial. Mas foi complicado. Bem complicado.
O Santa Cruz começou nervoso. Muito nervoso. Errava passes sem parar. Porém, a força das arquibancadas eram suficientes para fazer com que o Sampaio não avançasse. Os maranhenses pouco fizeram. Viam o Santa ter mais domínio, mas não traduzir em jogadas efetivas. Caça-Rato – guardem este nome – chegou a tentar uma vez, mas “furou”. Tentou outra, mais tarde, cruzando na área, mas Luciano Sorriso bateu por cima do gol. Estava complicado. Mas a insistência foi coroada.

Luciano Sorriso arriscou de fora da área. Rodrigo Ramos espalmou para o lado. Mas a bola caiu nos pés de Dedé, que pulou de bate-pronto: 1×0 Santa Cruz. O Sampaio quis acordar, chegou a assustar, mas foi insuficiente. O primeiro tempo terminou com a Cobra Coral sobrando.

Se terminou de uma maneira avassaladora, reiniciou melhor ainda. Flávio Caça-Rato – guardaram este nome? -, mais uma vez foi o herói improvável. Decidiu contra o Sport, na disputa do Campeonato Pernambucano, marcando um gol na Ilha do Retiro. Decidiu no jogo do acesso, diante do Betim-MG, fazendo o gol da vitória por 2×1, que garantiu a participação do Santa Cruz na Série B de 2014. Faltava completar a tríade. Aproveitou o vacilo da zaga e bateu de pé esquerdo, meio torto. Mais um na conta do Santa e explosão no Arruda. Caça-Rato imitou Cristiano Ronaldo – seu “homônimo” CR7 – e, aos berros, emendou: “Estou aqui!”. Mas não seria tão fácil.

Com o passar do tempo, o Santa Cruz foi insistindo no toque de bola. Controlou o jogo. Até que Sandro Manoel, em um lance de excesso de confiança, acabou errando. Cleitinho aproveitou e diminuiu: 2×1. Se o Tubarão maranhense empatasse, a taça iria para São Luís. Tensão no Arruda. Unhas roídas. Jogadores passando a mão na nuca. Uma bomba de Júnior Chicão, de fora da área, que Tiago Cardoso espalmou. Porém, o tempo passou arrastado. O juiz apitou e o Santa Cruz se sagrou campeão.

Uma daquelas conquistas que ensinam: a partir de agora, é necessário engrandecer também em pensamento. É necessário pensar a nível nacional. A conquista da Série C é um marco.

Fonte: FolhaPE

 

 

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