Santa vence o Brasiliense no Arruda por 2 a 0 e se classifica à próxima fase da Série C
Com a vitória, o Santa Cruz foi a 34 pontos e não sai mais do G4 do seu grupo. Mais do que isso. O Tricolor só pode cair para a segunda colocação, garantindo, no cruzamento da próxima fase, o direito de fazer o segundo jogo em casa. Os possíveis adversário são Vila Nova, Mogi Mirim e Betim. Na última rodada, a equipe coral visita o Treze-PB. Um empate garante o time na primeira colocação, independente dos demais resultados.
Os dois times entraram em campo com disposição de sobra. O jogo era uma final para as duas equipes, que encararam a partida como tal. Sobraram divididas fortes e chutões. O Santa Cruz foi quem tomou a iniciativa de sair para o jogo, enquanto o Brasiliense permaneceu focando na marcação. O técnico Vica havia tido problemas para escalar a equipe, com o desfalque do André Dias. Com isso, ele optou por colocar Siloé e Caça-Rato, um ataque de velocidade.
A opção de Vica se refletiu na postura do time dentro de campo. O Santa Cruz acionou bastante seus dois atacantes, com Caça-Rato aberto pela direita e Siloé pela esquerda. Eles tiveram dificuldade diante da forte marcação do Brasiliense, mas aos poucos o Tricolor ia chegando ao ataque. O gol, porém, veio numa jogada de escanteio. Aos 16, Siloé mandou na área e Renan Fonseca subiu alto para marcar.
O gol tirou um pouco da tensão da partida e forçou o Brasiliense a buscar um pouco mais o jogo. Era o que o Santa Cruz precisava, dada sua proposta de jogo em velocidade. O Tricolor continuou apostando nos seus atacantes, que precisavam, no entanto, de mais ajuda dos meias e volantes, que não encostavam tanto na frente. Isolados, Caça-Rato e Siloé seguiam com dificuldade para superar a forte marcação do Jacaré.
O Santa Cruz voltou para o segundo tempo com uma mudança importante, que fez o time crescer. Natan, que não vinha bem, sentiu uma lesão e deu lugar a Renatinho. E se a proposta coral era a velocidade, com a entrada do meia a equipe ganhou muito. O Tricolor pressionava a saída de bola do Brasiliense, impondo dificuldade aos visitantes. Assim, os tricolores mantinham a bola no campo de ataque, evitando o avanço do adversário.
Naturalmente, no decorrer do segundo tempo, com as substituições do técnico Roberto Fonseca, o Brasiliense partiu com tudo em busca do empate. Com isso, o Santa Cruz passou a focar mais na marcação e apostar de vez nos contra-ataques rápidos. O Tricolor conseguia roubar a bola do adversário, graças ao bom trabalho dos volantes, mas não acertava o último passe para a entrada dos atacantes.
Já próximo ao final do jogo, as duas equipes ficaram com jogadores a menos. Primeiro, o zagueiro Luan se machucou e não teve condições de voltar, quando o Brasiliense já havia feito as três substituições. Em seguida, Siloé foi expulso, após agredir o adversário. Minutos depois, porém, Jorge Henrique fez falta dura em Caça-Rato e também levou o cartão vermelho. Com mais espaço, e com um homem a mais, o Tricolor passou a ficar mais com a bola, dominando o jogo.
As chances de ampliar foram aparecendo. O Brasiliense já não conseguia acompanhar o ritmo, após uma partida extremamente cansativa para os dois lados. Aos 45, Renatinho parou na defesa do goleiro Welder. Aos 47, porém, não teve jeito. Num contra-ataque de três contra dois, Oziel recebeu na direita e bateu cruzado: 2 a 0. Estava consolidada a classificação do Santa Cruz.
Ficha do jogo
Santa Cruz
Tiago Cardoso; Oziel, Everton Sena, Renan Fonseca e Tiago Costa (Panda); Ramirez (Dedé), Luciano Sorriso, Everton Heleno e Natan (Renatinho); Flávio Caça-Rato e Siloé. Técnico: Vica
Brasiliense
Welder; Bocão, Eli Sabiá, Luan e Jorge Henrique; Baiano, Júlio Bastos, Everton (Luquinhas), Gleidson (Peninha); Jefferson Maranhão (Laércio) e Washington. Técnico: Roberto Fonseca
Estádio: Arruda. Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC). Assistentes: Celso Barbosa de Oliveira (SP) e Marco Antônio de Mello Moreira (GO). Gols: Renan Fonseca (aos 16 minutos do 1T) e Oziel (aos 47 minutos do 2T(. Cartões amarelos: Gleidson, Júlio Bastos, Laércio, Peninha (B) e Everton Sena (SC). Cartões vermelhos: Siloé (SC) e Jorge Henrique (B). Público: 38.780. Renda: R$ 531.241.