Em uma atualização de resultados um mês após a cirurgia, a empresa informou que Alex tem melhorado sua habilidade de jogar videogames e começou a aprender como usar software de design auxiliado por computador (CAD) para projetar objetos 3D.
Segundo a empresa, o paciente levou menos de 5 minutos para que ele começasse a controlar um cursor de computador com a mente após a conexão inicial do aparelho. Em poucas horas, ele conseguiu superar a velocidade e a precisão máximas que havia sido alcançada anteriormente com o equipamento.
Antes de sofrer com uma lesão na medula espinhal, o paciente trabalhava como técnico automotivo, consertando e mexendo em vários tipos de veículos e máquinas grandes. Por isso, a empresa decidiu incluir nos testes o uso de programas profissionais para projetar objetos 3D, para que o paciente pudesse trabalhar em projetos sem precisar depender extensivamente de seu sistema de suporte.
De acordo com a Neuralink, o paciente usou o software CAD Fusion 360 pela primeira vez no segundo dia de uso do implante. Ele conseguiu projetar uma montagem personalizada para seu carregador Neuralink, que foi então impresso em 3D e integrado à sua configuração.
“Estamos trabalhando com Alex para aumentar sua produtividade com o Link mapeando os movimentos pretendidos para diferentes tipos de cliques do mouse (por exemplo, esquerda, direita, meio), expandindo assim o número de controles que ele tem e permitindo que ele alterne rapidamente entre vários modos no software CAD (por exemplo, zoom, rolagem, panorâmica, clique e arraste)”, explicou a empresa.
O primeiro paciente, Noland Arbaugh, tetraplégico, teve o dispositivo da Neuralink implantado no início deste ano. Ele tem falado frequentemente sobre as melhorias que isso trouxe para sua vida, por exemplo, dando-lhe a capacidade de jogar videogames. A Neuralink espera operar um total de 10 pacientes este ano.
A empresa está trabalhando para aprimorar a decodificação de vários cliques e de intenções de movimento simultâneas para fornecer funcionalidade completa de mouse e controle de videogame para os pacientes. O projeto também pretende desenvolver algoritmos para reconhecer a intenção de escrita à mão para permitir uma entrada de texto mais rápida.
“Essas capacidades não apenas ajudariam a restaurar a autonomia digital para aqueles que não conseguem usar seus membros, mas também restaurariam a capacidade de comunicação para aqueles que não conseguem falar, como pessoas com condições neurológicas como esclerose lateral amiotrófica (ELA)”, afirma a empresa americana.