Seis dos 21 frigoríficos investigados exportaram nos últimos dois meses

Informação foi dada pelo presidente Michel Temer em coletiva de imprensa no domingo

POR CATARINA ALENCASTRO / BÁRBARA NASCIMENTO

(Brasília – DF, 19/03/2017) Reunião com Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, Ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, e representantes de entidades frigoríficas Fotos: Marcos Corrêa/PR – MARCOS CORREA / Divulgação

BRASÍLIA – O presidente Michel Temer afirmou que, dos 21 frigoríficos investigados, apenas seis exportaram carne nos últimos 60 dias. Ele disse que, já nesta segunda-feira, o Ministério da Agricultura vai informar quais países receberam esses produtos. O governo também vai acelerar o regime especial de fiscalização, numa espécie de força tarefa.

– Dessas 21 unidades apenas 6 delas exportaram nos últimos 60 dias. A partir de amanhã, o Ministério da Agricultura informará quais países receberam os produtos, quais foram os produtos e a origem empresa, por empresa. O que está sendo investigado não é o sistema de defesa agropecuária brasileira, mas alguns poucos desvios de conduta, de alguns poucos funcionários, em algumas poucas, pouquíssimas empresas.

Ele destacou que, das 4.837 unidades frigoríficas que o país tem, a suspeita recai sob apenas duas dezenas delas. Ele também informou que o governo decidiu acelerar o processo de auditoria nos estabelecimentos citados na investigação da Política Federal. Das 21 unidades, três foram suspensas. As demais foram colocadas sob regime especial de fiscalização, a ser conduzida por força tarefa específica do Ministério da Agricultura.

O presidente afirmou ainda que, em 2016, foram expedidas 853 mil remessas de origem animal do Brasil para o exterior. Apenas 184 foram consideradas pelos importadores fora da conformidade.

– Muitas vezes por causa de temas não sanitários, como rotulagem e problemas de certificado. Nós fazemos essa comunicação para que os senhores acompanhem o que estamos fazendo.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, explicou que a auditoria que será feita nas 21 unidades sob suspeita envolve rever os pontos levantados no inquérito da Polícia Federal e fazer uma retrospectiva dos processos de fiscalização dessas unidades. Além disso, irão analisar o porquê da troca suspeita de fiscais nas empresas citadas.

 

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