Sem sair das páginas policiais

Camaragibe amanheceu, ontem, sem prefeito. Eleito sob os ventos da mudança, o trabalhista Demóstenes Meira sucedeu ao tucano Jorge Alexandre, que também havia se complicado num processo da Polícia Federal sobre fraudes em licitações para compra de medicamentos. Cidade sem sorte.

Em dois anos e meio, Meira não disse a que veio em Camaragibe. Além da prisão, havia antes se envolvido numa trapalhada com uma cantora brega, secretária de sua gestão, com quem se envolveu afetivamente. Empossada, ontem mesmo, interinamente, a vice-prefeita Nadegi Queiroz (DC) sentou na cadeira de prefeita com uma lupa graduada para tentar enxergar o tamanho do buraco deixado por Meira.

O afastamento do prefeito não é definitivo, porque cabe recurso, mas é bom Nadegi se preparar para descascar um grande abacaxi. E cuidar, urgentemente, de instalar uma auditoria para medir o tamanho do buraco.

Secretários escaparam – Nenhum dos secretários responsáveis pelas licitações fraudulentas em Camaragibe foi preso na operação Harpalo II deflagrada, ontem, no município, culminando com a prisão do prefeito Demóstenes Meira (PTB). Junto com o trabalhista, passaram a ver o sol nascer quadrado dois casais de empresários. A Polícia Civil chegou na casa deles, surpreendentemente, bem cedinho. (Magno Martins)

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