Sem títulos, torcedores do Flamengo estão com o ‘cheirinho’ impregnado

O vendedor de churrasco Francisco Alves sente muito o cheirinho -
O vendedor de churrasco Francisco Alves sente muito o cheirinho – Foto: Marcelo Theobald
Denise Roque

Após ser confirmado como vice-campeão brasileiro, o Flamengo enfrentou diversas zoações de seus adversários nas redes sociais. Até mesmo torcedores do Vasco e Fluminense, com chances de rebaixamento, não perdoaram os rubro-negros, que há algum tempo só sentem o famoso “cheirinho” de título.

Aproveitando o embalo, o Jogo Extra foi às ruas procurar rubro-negros que têm o cheirinho sempre por perto, seja por causa da decepção do Flamengo ou pelo o que produzem em seus trabalhos (alimentação ou perfume).

O churrasqueiro Francisco Alves, de 41 anos, numa referência ao seu ganha-pão, lamentou mais uma perda de título do Flamengo.

— Falar o quê? Sofremos o ano inteiro e só ficamos no cheirinho mesmo. O churrasquinho de rua vende porque dá para sentir o cheiro de longe. Ainda que a barraca esteja escondida, a pessoa acha. Agora, os títulos do Flamengo, nem com esse cheiro acumulado alguém consegue encontrar. Desde 2017 sentindo o cheiro de Sul-Americana. De Libertadores, então, nem se fala. Todo ano é essa vergonha — desabafou.

Já para Leonardo Cima, de 43 anos, dono de uma fábrica de bolos, o tempo no forno é tão fundamental quanto o cheiro. Se passar do ponto, já era. Ele deu dicas de como o Flamengo poderá ganhar títulos em 2019:

— Foi o ano da reestruturação. Só faltou a gente ganhar dois jogos. Faltaram dois ingredientes no bolo: pontaria no gol e maior comando de técnico, que oscilou muito.

Muitas dicas para sair do drama em 2019

Em 2019 ninguém quer saber mais de cheirinho. Para tal, dicas foram dadas pelos rubro-negros, aproveitando suas profissões.

— Existem flores que cheiram e outras que não. O time é bom, mas as vendas de jogadores atrapalharam. Vinícius Júnior fez falta e Paquetá não se arriscaria se machucar já contratado pelo Milan — disse o florista Carlos Guimarães, de 37 anos.

Para o perfumista Wellison William (25), a essência exalada pelo Flamengo não presta. Hora de mudar para 2019:

— O time do Flamengo poderia vir aqui na loja para escolher um perfume novo.

O vendedor de tintas Cícero Matias (49) explicou que atualmente todas as tintas são fabricadas com baixo odor, que some por inteiro após três horas. Ele espera que isso aconteça com o Flamengo já no próximo ano.

— Tem que mudar. Raça não falta, mas falta o time jogar bola. Os jogadores ganham apenas para isso — avisou.

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