Senadora do PSB defende Dilma
Questionada sobre o posicionamento do PSB em relação à saída de Dilma, Lídice explicou que a sigla, embora não tenha ocorrido uma reunião do diretório nacional específica para isso, o partido consultou as bases e colocou-se favorável ao impeachment. Mas deixou livre os diretórios regionais para decidirem de acordo com cada realidade local. “Como exemplos, temos a Paraíba que tem aliança com o PT, e aqui na Bahia também, e assim vão se caracterizando as exceções”, afirmou.
Eduardo Cunha – Para Lídice da Mata, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que é investigado pelo Conselho de Ética, tem feito uma rede de contatos favoráveis a ele na Casa. “Eu diria que o maior partido que tem no Congresso hoje é o ‘partido de Cunha’. Dizem que tem cerca de 100 deputados que votam a favor dele. É difícil um partido hoje que vote integralmente em uma posição”, disse durante a entrevista.
Operação Lava Jato – A senadora Lídice da Mata criticou a divulgação de conversas telefônicas entre a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e aliados políticos, liberadas pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato. Afirmando prezar pela democracia, defendeu que as investigações sejam feitas com base no que manda a lei e a Constituição Federal. “O País não se constrói com salvadores da pátria. Naquele momento que houve o vazamento de conversas da Presidente, muitos juristas importantes compreenderam que havia um excesso e isso foi reconhecido pelo próprio Moro, que pediu desculpas por não ter consultado o STF. Com isso, vimos que não estávamos errados. Admiro o juiz Moro e bato palmas para a operação Lava-Jato desde o início. Em meus pronunciamentos, destaco a importância dessa operação para o Brasil, mas tem que ser tudo dentro da lei e da Constituição, pois amanhã ela se volta contra o cidadão comum”, assinalou.
A senadora baiana pondera que o momento é de reflexão e cautela: “Estamos em um momento difícil, reconheço, mas é preciso criar um ambiente de reflexão comum