A Polícia Civil informou nesta terça-feira (29) que o empresário Paulo César Morato, de 47 anos, um dos investigados pela “Operação Turbulência” da Polícia Federal, cometeu suicídio no dia 21 de junho deste ano.
O corpo dele foi encontrado no Motel Tititi, em Olinda, quando estava sendo procurado pela PF.
A conclusão do inquérito foi apresentada pela delegadaGleide Ângelo, a perita criminal Vanja Coelho e a promotora Rosângela Padela.
Segundo elas, exames realizados nas vísceras do empresário constataram que ele morreu por envenenamento (“chumbinho”).
“Eu não tenho a menor dúvida de que foi suicídio, pois não há nenhum indício, fato, depoimento, denúncia, nada, de que alguém tenha cometido crime contra Morato. E as imagens fala por si só. A gente teve a sorte de ter, nesse estabelecimento, 16 câmeras”, disse a delegada.
Paulo César Morato era um dos investigados pela “Operação Turbulência” e deveria ter sido preso no dia 21 de junho, da mesma forma que outros quatro empresários: João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira.
A PF identificou um esquema de lavagem de dinheiro formado por um conjunto de empresas, a maioria delas de fachada, que teria movimentado R$ 600 milhões nos últimos seis anos.
O pontapé da investigação foi a compra do avião Cessna Citation PR-AFA, usado pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) na campanha presidencial de 2014.
Campos e mais seis pessoas morreram na queda da aeronave no dia 13 de agosto de 2014, em Santos, São Paulo.