Servidores denunciam: “A saúde em Petrolina é péssima”

Da Redação

Os servidores públicos de Petrolina, Pernambuco, denunciam a prefeitura municipal por negligencia no atendimento de saúde no município. Os trabalhadores municipais dizem que se mobilizam pela melhoria dos serviços públicos. “A saúde no município está péssima, as condições de trabalho são as piores possíveis”, é o que conta a presidente do Sindsemp – Sindicato dos Servidores Municipais, Léia Araújo.

Atenção Básica em Saúde

Segundo os servidores da área de saúde, os postos de saúde não têm a mínima condição de assistência. Nem um curativo pode ser feito porque falta material e o lixo contaminado não é recolhido adequadamente.

“Temos denunciado essa situação. A realidade é que não existe assistência, há meses as pessoas não conseguem consultas, não existe mais cota para exames, e muitos estão suspensos como o exame oftalmológico. Os médicos não têm formulário para a receita, muitas vezes prescrevem a receita numa folha de caderno, na mão do paciente, ou em um papel do próprio paciente ”, conta Léia.

Traumas

O sindicato acredita que o Plano de Cargo e Carreira deve ser prioridade para os profissionais de saúde. “Na saúde a situação é terrível. A educação e a segurança têm plano, embora precise ser reformulado, mas a saúde não tem”.

A presidente faz declarações assustadoras quanto ao funcionamento do Hospital de Traumas em Petrolina. “A prefeitura recebe notificações constantes da Vigilância Sanitária e não dá a mínima. Desde outubro do ano passado estamos denunciando que no Traumas existe um problema no sistema de ar-condicionado, inclusive nos centros cirúrgicos o que é um grande risco dentro de um Hospital. O calor aumenta a proliferação de bactérias e sua disseminação isso é um grande risco para os pacientes e também para os trabalhadores”.

Outro diretor sindical, Gilvan Santos Brito, falou sobre a saúde municipal. “A maior prova de ingerência está nas terceirizações. Ele está jogando o Traumas para a Univasf, o Dom Malan está como Estado, através do IMIP. Hoje a prefeitura só está com os PSFs e as AMEs, que funcionam nessas condições”.

Revolta e indignação

A preparação municipal para a realização do ‘São Joao do Vale’, evento promovido pela prefeitura, que planeja contratação de grandes artistas e seus cachês milionários, a exemplo do que aconteceu no ano passado, revolta ainda mais os servidores.

“É uma insensibilidade enorme. Não somos contra a festa, mas não adiante promover o megaevento para a população e não oferecer saúde e educação de qualidade. Quem perde com isso é a população, o que o prefeito quer é camuflar os problemas existentes”, Léia diz ainda que a prestação de contas do evento do ano passado está sendo contestado no Ministério Público.

Sobre os boatos da possível intenção de Júlio Lóssio se candidatar ao governo do estado e sua esposa à Assembleia Legislativa, a sindicalista rebateu. “Estranhamos muito. Fazer um mandato deste, sucateando o serviço público, maltratando o trabalhador, achatando o salário e condenando famílias à miséria e vai fazer campanha? Baseado em quê? No São João?”.

O Ação procurou a assessoria de imprensa para responder as denúncias, mas não obteve respostas.

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