Sesab intensifica ações de investigação nas regiões com febre Oropouch

Técnicos da Vigilância Epidemiológica do Estado estão fazendo a captura dos animais que são o vetor da doença

Por: Madson Souza

Febre do Oropouche é transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora
Febre do Oropouche é transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora – 

São 80 casos de febre Oropouche no estado, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O órgão intensificou as ações de investigação nas regiões em que houve registros da doença.

Para identificar se o mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, está infectado, os técnicos da Vigilância Epidemiológica do Estado estão fazendo a captura dos animais, que são o vetor da febre Oropouche.

“Uma pessoa contaminada tem um vírus no sangue. Quando o mosquito pica essa pessoa contaminada e suga o sangue da pessoa, ele suga junto o vírus. E esse vírus consegue permanecer vivo dentro das glândulas salivares do mosquito por até cinco, sete dias. E aí se ele pica uma pessoa saudável, ele vai transmitir o vírus para essa pessoa. A transmissão é sempre feita pelo mosquito”, explica o infectologista e coordenador do curso de medicina do Instituto de Educação Médica (Idomed), de Alagoinhas, Maurício Campos, sobre o contágio da doença.

A febre de Oropouche é uma arbovirose e tem sintomas muito semelhantes com os da dengue e de outras arboviroses. Febre alta, dor de cabeça, dor muscular, dor na articulação.

Algumas pessoas podem ainda apresentar tontura, dor atrás dos olhos e calafrio. Esses foram os sintomas citados pelo infectologistas comuns às duas doenças.

Ele ressalta que uma das grandes diferenças entre as doenças está na gravidade das patologias, já que a dengue é uma enfermidade mais preocupante.

Quem pode apresentar quadros um pouco mais graves de febre de Oropouche são idosos, crianças, pessoas com alguma comorbidade.

“A única forma que a gente tem de prevenção é prevenindo a picada do mosquito. Recomendo o uso do repelente, principalmente nas pernas, porque o mosquito tende a fazer voos mais rasantes na altura da cintura. É um mosquito cosmopolita e bem comum”, conta o infectologista.

Ele indica também que na presença de qualquer um dos sintomas citados é preciso procurar atendimento médico. Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, o indicado é o tratamento clínico com foco no alívio dos sintomas.

Ocorrências

Dos 80 casos confirmados no estado, dois foram registrados em Salvador, mas de acordo com Secretaria Municipal da Saúde (SMS), as ocorrências foram importadas das cidades de Teolândia e Presidente Tancredo Neves.

Outros municípios da Bahia com casos são: Amargosa (3), Camamu (1), Gandu (3), Ibirapitanga (1), Ituberá (1), Jaguaripe (1), Laje (14), Maragogipe (1), Mutuípe (2), Piraí do Norte (1), Presidente Tancredo Neves (10), Santo Antônio de Jesus (4), Taperoá (4), Teolândia (24) e Valença (10).

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