Silvinei diz à PF que blitze eram para coibir compra de votos, e não para impedir lulistas de votar

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques disse, ontem, à Polícia Federal que as blitze realizadas no dia do segundo turno das eleições de 2022 tinham o objetivo de coibir compra de votos. Ele negou que a intenção fosse impedir eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de votar.

Silvinei foi preso ontem, em operação da PF. Ele é suspeito de ter mobilizado a estrutura da PRF para atrapalhar que eleitores de Lula chegassem aos locais de votação. As blitze se concentraram no Norte e Nordeste, regiões onde Lula tinha mais votos, de acordo com as pesquisas. As informações são do portal G1.

Na véspera das eleições, o ex-diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro. Vasques é réu por improbidade administrativa nesse episódio.Em meio ao depoimento à PF nesta quinta, Silvinei teve uma queda de pressão e passou mal. Ele foi atendido e, após se recuperar, voltou a prestar informações aos investigadores.

A versão de que as blitze não tinham viés eleitoral já havia sido dada por Silvinei em depoimento à CPI dos Atos Golpistas, no Congresso, antes de ele ter sido preso.

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