Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolina ocupa as ruas para protestar neste dia Nacional de Luta
Thalita Bezerra – Ação Popular
Manifestações e paralisações ocorrem nesta sexta-feira (29) em todo o país como parte das mobilizações iniciadas em março, em defesa dos direitos sociais e da democracia e em protesto contra as Medidas Provisórias 664 e 665, o ajuste fiscal e, com mais ênfase, contra o Projeto de Lei 4.330, de 2004, que libera a terceirização em todas as atividades realizadas pelas empresas. O PL aprovado na Câmara tramita agora no Senado com o nome de PLC 30. “Nós precisamos dar um basta nisso e toda a nossa categoria está participando da luta. São os trabalhadores que constroem a riqueza do país e estão sendo os primeiros as serem prejudicados”, afirmou a presidente do Sidsemp de Petrolina, Mariléia de Souza.
Centrais sindicais e movimentos sociais avaliam que o PL da terceirização liquida com a organização sindical e vai reduzir salários e aumentar a carga horária dos trabalhadores, conforme aponta estudo elaborado pela CUT. O projeto foi defendido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e pelo presidente licenciado da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SDD-SP).
“Toda sociedade pode tomar um prejuízo muito grande, o projeto 4.330 rasga a CLT e entrega todo capital para a empresa e com isso iremos ficar mercê das empresas. Queremos que os milhões de terceirizados sejam regulamentados. Mas o projeto não fala disso. O que ele fala é de precarizar e desregulamentar os outros milhões de trabalhadores que têm carteira assinada. Queremos que as empresas contratem as pessoas e não as empresas que irão ser contratadas”, afirmou o Diretor do Sindicato dos Servidores da Rede Municipal de Petrolina, Gilvan Santos Brito.
Luta em Petrolina
Por outro lado, a presidente do Sidsemp, Mariléia de Souza, disse que com a aprovação desses projetos haverá retirada dos direitos dos trabalhadores em Petrolina. “Avançamos bastantes durante as últimas negociações com a administração municipal, é tanto que existe uma discussão da lei do piso nacional e nós já conseguimos esse ano o comprimento de 13,1%, mas precisamos avançar em outras áreas. Não basta só ser aprovado na câmara de vereadores, o Prefeito Julio Lossio precisa sancionar e dar encaminhamento a essa política e a valorização salarial. Na segurança estamos evoluindo no sentindo de exigir as condições necessárias para o exercício profissional, agora não podemos perder de vista que as aprovações dessas leis que estão em discussão o que pode nos prejudicar”.