A confusão teve início por volta das 9h, quando Vecchioli chegou ao complexo. Inicialmente barrado por um segurança, ele foi posteriormente autorizado a entrar. Em seguida, comunicou o assessor de imprensa da concessionária sobre o ocorrido e informou que já estava dentro do local. O assessor, então, dirigiu-se até lá.

O encontro com Barella aconteceu na área de tênis, após o jornalista ter percorrido outras partes do complexo. Enquanto retornavam da piscina em direção à entrada social, o executivo partiu para cima do repórter, erguendo o braço e armando um soco. O golpe, no entanto, foi impedido pelo assessor, que conteve Barella por aproximadamente um minuto enquanto ele repetia que iria “pegar” o jornalista.

Diante da hostilidade, Vecchioli acionou a câmera de seu celular e começou a gravar. As imagens mostram o assessor empurrando Barella para uma área externa. Em resposta, o CEO o chamou de “mau caráter” três vezes antes de ser afastado por outro homem. Nenhum segurança interveio durante a confusão.

Em nota, a Allegra Pacaembu negou que tenha ocorrido agressão física e afirmou que a situação foi pacificada em menos de dois minutos. “A concessionária Allegra Pacaembu reitera seu compromisso de respeito à imprensa livre e o acesso democrático, inclusivo e plural da população e assim convida a reportagem da Folha a retornar ao complexo sempre que quiser, das 6h às 22h”, diz o comunicado.

Vecchioli relatou que havia pelo menos quatro câmeras de monitoramento no local do incidente e que a Folha solicitou acesso às imagens, mas não obteve resposta da concessionária. A Prefeitura de São Paulo também se manifestou, lamentando o ocorrido e repudiando “qualquer ação de cerceamento à liberdade de imprensa”.

O Pacaembu reabriu suas áreas públicas nesta terça-feira (28), incluindo piscina e pista de atletismo, conforme anunciado na segunda-feira (27) pelo secretário Rogério Lins durante a cerimônia de reinauguração do complexo. No sábado (25), o estádio foi palco da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior.