Quatro novos casos de DST são registrados por dia em São Paulo

Levantamento divulgado pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas revela que, em 2012, foram registrados 1.330 novos casos de DSTs

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Todos os meses, 108 casos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são diagnosticados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas — uma média de 3,6 casos por dia. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foi realizado em 2012, ano em que foram registrados 1.330 casos de DSTs. “Esses dados refletem o que vemos na prática médica: as relações sexuais estão acontecendo sem o uso de preservativos”, afirma Caio Rosenthal, infectologista do Instituto Emílio Ribas.

Segundo a pesquisa, a DST mais frequente é a sífilis, responsável por 40% das ocorrências de 2012 — é importante lembrar que estes números correspondem apenas à sífilis adquirida, ou seja, aquela cujo contágio acontece por meio da relação sexual, e não por transmissão congênita, da gestante infectada para o bebê.

“Estamos vivendo uma verdadeira epidemia silenciosa de sífilis”, alerta Rosenthal. Segundo ele, por causa da ausência de sintomas em muitos casos, a maioria das pessoas não busca atendimento médico para checar se foram infectadas. Para o médico, a doença vem se propagando com mais facilidade porque pode ser transmitida por outros meios além da relação sexual, como o beijo. “A sífilis não é uma doença que pode ser totalmente bloqueada com o uso da camisinha, como acontece com o HIV. Além disso, muitas pessoas nem sabem que estão infectadas, e acabam tendo contato com outros indivíduos e passando a infecção adiante.”

Depois da sífilis, estão a hepatite B e a candidíase, responsáveis, respectivamente, por 19% e 11% dos casos. Outros problemas, como o HPV (causador do câncer de colo de útero), clamídia, cancro mole e gonorreia também foram identificados.

Ainda de acordo com o levantamento, 82% das infecções detectadas ocorreram em homens, e a maioria dos pacientes está na faixa etária dos 30 aos 40 anos de idade. Uma parte desses pacientes diagnosticados com novas DSTs já são portadores do vírus HIV e faziam acompanhamento no Instituto Emílio Ribas.

Exames — Segundo Rosenthal, uma orientação importante em relação às doenças sexualmente transmissíveis é o hábito de fazer exames. “Qualquer pessoa que não tenha um parceiro fixo, ou tenha relações com mais de um indivíduo deve realizar exames periodicamente para verificar o contágio de DSTs.”

Fonte: veja

 

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