STR Petrolina identifica perseguição aos delegados sindicais e empresas que colocam em risco à saúde do trabalhador

SINDICATO

Carol Souza

No último final de semana, nos dias 20 (sexta-feira) e 21 (sábado), a Diretoria Provisória do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina (STR), presidida por Francisco Pascoal (Chicôu), promoveu uma capacitação com mais de 40 delegados sindicais. O objetivo do encontro foi esclarecer o papel dos delegados dentro do ambiente de trabalho rural e reforçar a importância do cumprimento da Convenção Coletiva.

Uma das principais preocupações da atual diretoria é garantir os direitos dos trabalhadores que estão sendo prejudicados pelo patronato. Segundo a diretora de Política Salarial da entidade, Simone Paim Santos, “durante esse processo, foram detectados que muitos delegados sindicais estão sendo perseguidos. Alguns deles tiveram a gratificação cortada e outros sofreram de setor de trabalho”, citou.

A diretora ainda denuncia que algumas empresas estão desrespeitando a Convenção Coletiva, aplicando agrotóxicos quando os trabalhadores ainda estão na área, aumentando o risco à saúde do trabalhador. Outra denúncia é sobre a superlotação dos ônibus que transportam os trabalhadores, além do uso ilegal de Pau de Arara (transporte irregular).

A diretoria também identificou é que algumas empresas descontam em folha de pagamento dos trabalhadores rurais o valor referente ao sindicato, no entanto, não estão fazendo o repasse ao STR, prejudicando tanto as finanças do sindicato, quanto o próprio trabalhador, na medida em que essa verba retorna em forma de benefício. “As empresas descontam a mensalidade sindical e não repassam para a entidade. Estão retendo o que é do trabalhador. E é justamente essa mensalidade que vai ajudar o sindicato a realizar capacitações, eventos, prestar assistência jurídica, médica e odontológica”, explicou Simone.

Segundo o presidente interno, Francisco Pascoal (Chicôu), o sindicato ainda não conseguiu contabilizar os prejuízos, já que existem muitas empresas na região. Mas, a atual diretoria já está tomando as devidas providências. “Nós vamos chamar os proprietários das empresas para o cumprimento da Convenção Coletiva. E se não houver entendimento, o Ministério do Trabalho será acionado”, garante.

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