Opinião
Nome natural para disputar o Palácio do Planalto em 2026, no campo de oposição a Lula, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deu um aumento de 20,7% para o novo salário mínimo, para contrastar com o presidente Lula, que concedeu apenas 8,9%. Na prática, deu apenas R$ 18 a mais, passando de R$ 1.302 para R$ 1.320.
Em São Paulo, o novo mínimo passou para R$ 1.550. Muita gente interpretou como uma sinalização de que Tarcísio, o melhor ministro da era Bolsonaro, já está em plena campanha para enfrentar Lula. Ontem, ele deu uma nova demonstração disso. No momento em que o presidente leva Stédile, o principal líder do MST em sua comitiva para a China, Tarcísio diz que em seu Estado quem invadir terras não ficará impune.
“Vamos proteger a propriedade privada no Estado de São Paulo e não vamos tolerar invasão. Os que invadirem terrenos no Estado de São Paulo terão um só destino: a cadeia”, afirmou. As declarações do governador estão em sintonia com o ambiente no Congresso, que está prestes a instalar uma CPI na Câmara para investigar quem está patrocinando as invasões no País, inclusive a propriedades públicas, como a Embrapa.
As declarações de Tarcísio foram feitas na Agrishow, em Ribeirão Preto, principal feira de tecnologia agrícola do País. Tarcísio chegou na companhia do senador Marcos Pontes (PL) e do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), entre outros membros do governo do Estado. Na abertura do discurso, cumprimentou Bolsonaro, afirmou que agradece ao ex-presidente por “tudo o que fez” por ele enquanto ministro e na eleição para governador. “(Agradeço) por ter aberto portas que ninguém abriria”, afirmou.
Por: Magno Martins