TCE responde questionamento sobre piso nacional da enfermagem. Decisão vale para todas as prefeituras de Pernambuco

Prefeita de Canhotinho fez consulta do TCE sobre contribuição previdenciária do piso da enfermagem

Jamildo Melo, do JC

O site oficial do Tribunal de Contas do Estado (TCE) informa que o órgão de controle respondeu, na última quarta-feira (28), uma consulta da prefeita de Canhotinho, Sandra Lopes de Barros, esposa do deputado estadual Álvaro Porto, sobre a complementação, por parte da União, do piso salarial dos profissionais de enfermagem, e a sua implicação nas contribuições previdenciárias pagas pelo município.

A relatoria do processo foi do conselheiro Ranilson Ramos.

“Considerando que há aumento de despesas relativas ao pagamento das contribuições previdenciárias, e que não há custeio por parte da União para isso, o município deverá considerar o valor do piso salarial para as contribuições previdenciárias dos servidores?”, perguntou a gestora.

“E como o município deve proceder em relação às contribuições previdenciárias, uma vez que a portaria do Ministério da Saúde (nº 1.135/2023) que define as regras para o repasse dos recursos de complementação, não detalha essa questão?”, acrescentou Sandra.

O voto de resposta teve como base parecer da Gerência de Fiscalização da Previdência do TCE.

Em sua resposta, o relator explica que “o complemento ao piso salarial da saúde consiste em vantagem permanente”.

Sendo assim, disse Ranilson, ele “integra o salário de contribuição, independentemente do meio utilizado para viabilizar o pagamento, motivo pelo qual o município deve considerar o valor integral do piso salarial para as contribuições previdenciárias”.

Quanto à portaria do Ministério da Saúde, o relator destacou que “a unidade gestora deve se responsabilizar pela obtenção dos recursos necessários para o pagamento do acréscimo na contribuição previdenciária, mesmo que utilize o auxílio financeiro repassado para que o piso seja pago a todos os profissionais da saúde”.

O voto foi aprovado por unanimidade pelo Conselho do TCE.

O Ministério Público de Contas foi representado na sessão pelo procurador-geral Ricardo Alexandre.

A orientação do TCE vale para todas as prefeituras do Estado.

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