Temer corta salário mínimo e não prevê concursos e contratações em 2018, critica Humberto

Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação

O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), voltou a criticar o governo do presidente Michel Temer (PMDB), após a proposta orçamentária de 2018 foi encaminhada ao Congresso Nacional na última quinta-feira (31), que confirma oficialmente o corte de R$ 10 no salário mínimo e suspende a realização de concursos públicos e contratações dos aprovados em certames já autorizados.

Segundo o petista, Temer, mais uma vez, pune os mais pobres, ao reduzir o aumento previsto do mínimo de R$ 979 para R$ 636 para o ano de 2018. Humberto Costa ainda afirmou que ao proibir a realização de concursos públicos também joga a meritocracia e o acesso democrático ao serviço público na lata do lixo.

“Em nome de uma falsa política de austeridade fiscal, que tem levado o país ao buraco e ao caos social, o desgoverno desse presidente golpista também tem castigado a administração pública, com o completo desmonte do Estado, e as camadas mais desfavorecidas da população”, disparou o senador.

Humberto Costa criticou os cargos comissionados na estrutura do governo e lembrou das indicações políticas acusando de “troca de votos no Legislativo”. “Os milhões de brasileiros que se preparam para ingressar em algum órgão público por meio de concurso terão seus sonhos frustados”, previu.

A suspensão da realização de concursos em 2018 foi anunciada, oficialmente, pelo próprio Ministério do Planejamento. A pasta informou que, na atual realidade, não haverá certame algum, incluindo os previstos, no próximo ano.

Atento aos números e articulações do governo, Humberto também criticou o fato de o Legislativo ter recebido a proposta de orçamento com a previsão de receita e despesa defasada, pois deputados e senadores ainda não terminaram de aprovar o projeto que atualiza a meta fiscal, modificando a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 e de 2018. O rombo fiscal, por exemplo, aumentado para R$ 159 bilhões em 2018, não consta na proposição.

“O texto principal foi aprovado, a duras penas, por falta de apoio da base de Temer no Congresso, na madrugada da quinta-feira, mas ainda faltam dois destaques. Só após a aprovação disso, o governo deverá mandar uma mensagem modificativa ao projeto da lei orçamentária. Ou seja, o orçamento ainda vai mudar consideravelmente em relação à versão entregue ontem. É o governo da instabilidade e imprevisibilidade total”, concluiu

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