Temer embarca na tese da conspiração

O vice-presidente da República entra na conspiração pela queda de Dilma ao anunciar a sua saída da coordenação política do governo

Até os protestos do dia 16, Michel Temer deu sucessivas provas de lealdade à presidente Dilma Rousseff. Ajudou a conter diversas vezes a insatisfação de Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Aceitou a coordenação política do governo para unificar a base aliada no Congresso Nacional. E em dezenas de entrevistas e palestras feitas por todo o Brasil defendeu Dilma Rousseff da acusação de ser uma presidente fraca e sem um projeto estratégico para o país. No entanto, após um jantar com o deputado Jarbas Vasconcelos, em Brasília, na quarta-feira da semana passada, ambos reviram suas posições. O peemedebista pernambucano passou a defender a tese da renúncia, ao passo que o vice-presidente anunciou que pretende deixar a coordenação política do governo e antecipar o congresso do PMDB, previsto para novembro próximo, para que o partido decida se fica ou se sai da aliança com o PT. Em português claro, aderiu à conspiração.

Por Inaldo Sampaio

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