Após Michel Temer ter dito na Rússia que Dilma concluirá o seu mandato, Jarbas parou de defender um governo de união nacional chefiado por ele
O vice-presidente Michel Temer fugiu do “script” combinado com Jarbas Vasconcelos sobre o roteiro a ser seguido na preparação do “pós Dilma”. O próprio Temer pisou na bola ao dizer que o Brasil está precisando de um líder que o “reunifique”. Mas como não convinha à sua biografia ficar advogando em causa própria, autorizou o deputado pernambucano a iniciar a pregação pela renúncia de Dilma, com posterior formação de um governo de “união nacional” em torno dele. Posteriormente, o próprio Jarbas foi surpreendido por uma declaração dada pelo vice, na Rússia, dizendo ter “certeza absoluta” de que a presidente concluirá o mandato. E para completar mais ainda a sua surpresa, ou decepção política, parte do PSDB defende a renúncia (caso do ex-presidente FHC), outra parte prega o impeachment (caso do deputado Bruno Araújo). Mas o partido não aceita fazer parte do eventual governo de “união nacional” chefiado pelo vice.
Por Inaldo Sampaio