The Economist: Dilma não governa e Brasil não aguenta ‘mais três anos’
A revista lembra que o último golpe, de fato, no País foi em 1964, quando os militares tomaram o poder, e que as acusações de golpe se tornaram parte integrante dos kits de propaganda dos governos de esquerda não só no Brasil, mas na Venezuela e Bolívia, além da Argentina na época do governo Christina Kirchner. The Economist reitera que as acusações são de que o PT criou um sistema de corrupção para benefício próprio e de seus aliados como forma de se manter no poder.
O problema mais relevante, segundo a revista, é o fato de Dilma ter tomado posse em janeiro de 2015, mas o governo está parado desde então. “Rousseff começou seu segundo mandato em janeiro de 2015 com a economia em colapso, junto com o apoio popular e político. A presidente não governa em nenhum sentido significativo da palavra. O país não pode suportar mais quase três anos disso”, diz a reportagem.
Sobre as ideias de parlamentarismo, a The Economist lembra que a esta altura, o governo já teria caído, mas no caso do presidencialismo, a deposição de um presidente é sempre “traumática”. O pedido de imepachment do vice Michel Temer e o envolvimento de parlamentares, por exemplo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com corrupção também foram abordados, por isso sugere que os próximos protestos populares deveriam pedir novas eleições, o que poderia acontecer por meio de uma emenda à Constituição, o que a revista diz ser a melhor forma de defender a democracia.