Time do deputado Roberto Carlos (Juazeirense) perde para o de Veloso (Santa Cruz)

O time do deputado estadual Roberto Carlos (PDT-BA) perdeu de 1 x 0 para o Santa Cruz, do publicitário Fernando Veloso em Senhor do Bonfim. Pior que o Juazeirense, só ele mesmo, e agora se encontra numa situação muito difícil

Atacante Keno (D) foi o autor do único gol da partida / Divulgação/Santa Cruz

Atacante Keno (D) foi o autor do único gol da partida

Assim como aconteceu contra o Central, a vitória do Santa Cruz veio com mais força do que técnica. E assim como foi em Caruaru, o gol saiu dos pés de Keno. Com o magro 1×0 frente ao Juazeirense, nesta quarta (2), o Tricolor, agora com 7 pontos, mantém acessa a esperança de seguir na Copa do Nordeste.

Quem lidera o Grupo C é o Bahia, que venceu o Confiança por 3×0 e subiu para 12 pontos. Os sergipanos seguram a lanterna, com 1, enquanto o Juazeirense tem 2. O Santa Cruz agora volta suas atenções para o jogo contra o Central, sábado (5), no Arruda, pelo Campeonato Pernambucano.

O JOGO

Com o retorno de João Paulo ao setor de criação, mas sem o atacante Grafite que, poupado, ficou no Recife, o Santa Cruz elegeu a bola aérea como sua arma principal. Durante o primeiro tempo, os cruzamentos se sucederam na área adversária, mas sem encontrar quem a colocasse para dentro.

O Santa teve a chance de sair na frente do placar logo no início da partida. Aos 8, Keno mostrou que anda em boa fase. Ele invadiu a área pela esquerda e cruzou com estilo, daquele jeito “com a mão” para João Paulo. Na pequena área, o meia tricolor cabeceou por cima.

A chance de João Paulo parecia apenas um rompante. Nos 20 minutos seguintes, o Juazeirense cercou a área do Santa Cruz com cruzamentos, cobranças de escanteio e chutes de média distância. Aos 21, a primeira grande chance baiana. Bola alçada, Éverton Sena errou ao tentar cortar e Nino dominou, chutando cruzado. Alemão salvou praticamente em cima da linha.

O cronômetro se aproximava dos 30 de jogo, quando o Santa resolveu sair de sua intermediária. Numa sequência de quatro cruzamentos, dois de cada lado, por cima e por baixo, a bola cruzou toda a extensão da área sem aparecer um jogador tricolor para colocar para dentro, com o pé ou com a cabeça.

Os cruzamentos pareciam ser a arma escalada pelo Santa para a partida. Nos minutos finais do primeiro tempo, o Tricolor voltou a insistir na jogada e a ausência de Grafite, poupado, se fez sentir. O substituto dele, Bruno Moraes, até buscou as jogadas, na base da força. Numa cobrança de escanteio, aos 43, teve a oportunidade numa cobrança de escanteio, mas cabeceou torto.

A rigor, o Santa foi melhor no primeiro tempo. Para o segundo, “só” faltava aparecer o pé ou a cabeça para colocar a bola para dentro. Problema resolvido logo no reinício do jogo. Aos quatro do 2º, Lelê imprimiu velocidade pela esquerda e invadiu a área. Antes do zagueiro chegar abafando, ele conseguiu cruzar e Keno consolidou a boa fase. Chutou de primeira e colocou o Santa em vantagem.

Talvez por estratégia, talvez por iniciativa do adversário, o Santa Cruz recuou após o gol e deu o espaço que o Juazeirense queria para tentar empatar. Durante 20 minutos, os baianos pressionaram, mas se ressentiram da qualidade.

Tentando ter mais a posse de bola, o técnico Marcelo Martelotte tirou Lelê e colocou mais um meia no jogo, Leandrinho, numa iniciativa de abrir um “diálogo” na meia com João Paulo. Coincidência ou não, logo depois o Tricolor teve chance de ampliar, novamente com Keno. Ele recebeu um passe rasteiro de Bruno Moraes, mas tocou fraco e facilitou a vida do goleiro.

Um pouco após o lance, Keno deixou o campo, de maca. Raniel, outro meia, entrou na partida, ampliando a possibilidade de o Santa Cruz tocar a bola. Aos 33, a nova formação quase rende frutos. Raniel costurou a zaga pela esquerda e deu voltando para João Paulo, que tentou tirar do goleiro com um chute colocado. Mas não conseguiu.

Se não assustava tanto, com mais posse de bola o Santa evitava levar sustos. O último deles foi já no acréscimos, quando até o goleiro adversário foi para a área tricolor.  Melhor para a defesa coral, que segurou a vitória que mantém o Santa vivo na Copa do Nordeste.

FICHA DO JOGO

Juazeirense

Tigre; Alex Travassos, Paulo Henrique, Ricardo Braz e Deca; Capone, Patrick (Diego Teles), Everlan e Elvis (Sassá); Nino Guerreiro e Ebinho (Jean Carlos). Técnico: Janilson Silva.

Santa Cruz

Tiago Cardoso; Éverton Sena, Alemão, Leonardo e Allan Vieira; Wellington Cézar, Marcílio (Lucas Gomes) e João Paulo; Lelê (Leandrinho), Keno e Bruno Moraes. Técnico: Marcelo Martelotte.

Local: Estádio Pedro Amorim Duarte (BA). Árbitro: Antonio de Sousa (PI).  Assistentes: Francisco Gaspar e Rogério Braga (ambos do PI). Cartões Amarelos: Everlan e Paulo Henrique. Gol: Keno (4 do 2º). Público: 1.150 torcedores. Renda:  R$ 11.600,00.

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