Toffoli diz que há “judicialização da política” e que, passada a eleição, “é hora do Judiciário se recolher”

Citando casos como a atuação da Lava Jato, o golpe parlamentar que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) e a prisão do ex-presidente Lula, levou o Supremo a se tornar “o fio condutor da estabilidade”.

Assessoria/STF

Discursando em evento organizado pelo advogado e professor Tercio Sampaio neste domingo (2) em Ilhabela (SP), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli admitiu que há judicialização da política. “A judicialização da política ė um dado da realidade. O Judiciário se transformou como se saísse da estufa. Seu papel mudou. Suas decisões se espraiaram para além dos casos concretos e passaram a se irradiar para toda a sociedade”, disse Toffoli.

Citando casos como a atuação da Lava Jato, o golpe parlamentar que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) e a prisão do ex-presidente Lula, levou o Supremo a se tornar “o fio condutor da estabilidade”.

O ministro disse ainda que com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), esse processo deve retroceder. “É hora de o Judiciário se recolher. É preciso que a política volte a liderar o desenvolvimento do país e as perspetivas de ação”.

Para Toffoli, o STF tem “de deixar de querer marcar gol”. “Vamos ser zagueiros, garantir o que está no livro. A política deve voltar a ocupar seu papel”.

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