Torcedores do Atlético de Madrid poderão pegar quatro anos de prisão após serem acusados de racismo contra o brasileiro Vinícius Júnior. A possível punição pode acontecer após a solicitação feita por parte do promotor do caso, que analisou o processo por 11 meses.
Vinicius foi alvo de mais um episódio de racismo na madrugada anterior ao clássico da capital espanhola, realizado no mês de janeiro, quando os acusados penduraram um boneco enforcado, simulando a ação contra o jogador.
Ambas as equipes de Madrid, a La Liga, a Federação Espanhola e outras entidades se manifestaram, repudiando o caso e pedindo punição aos envolvidos.
Em comunicado deferido pelo Ministério Público, quatro homens responderão pelos crimes de ameaças contra Vinicius Júnior e por violarem direitos fundamentais, em “sinal inequívoco de desprezo e repúdio à cor da pele da vítima e uma tentativa de minar sua paz de espírito”.
No mês de maio, os acusados foram presos e se negaram a depor no caso. Na sequência, após pagar a fiança definida, foram liberados para esperar o julgamento em regime aberto. Os mesmos foram proibidos de se aproximarem ou se dirigirem ao jogador brasileiro, assim como de frequentarem os estádios dos dois times, o Wanda Metropolitano, do Atlético, e o Santiago Bernabéu, do Real.
Através do MP, além da prisão, também foi pedida indenização de 6 mil euros, aproximadamente R$ 32 mil na atual cotação, pelos danos morais causados.
Desde que chegou ao futebol espanhol, Vinicius Junior passou por diversos casos envolvendo racismo. Um dos mais chocantes durante a trajetória do atacante ocorreu na partida contra o Valência, quando torcedores da equipe adversária, que estavam no Estádio de Mestalla, na cidade de Valência, deferiram a palavra “mono”, que significa macaco. O caso segue em investigação no Ministério Público.