A chacina que vitimou nove pessoas em Mata de São João tinha apenas um alvo: um homem conhecido como Preá. Ele foi morto em uma casa com sua ex-sogra identificada como Cristiane, uma outra mulher, um homem e três crianças, todos sem identificação. Suas vizinhas, as outras vítimas do caso, morreram ao tentar prestar socorro a um adolescente que fugia do primeiro imovel.
De acordo com informações iniciais de quem mora no Núcleo Colônia JK, local do crime, Preá atuava no tráfico de drogas da região, o que foi confirmado pela Polícia Civil (PC). Era por esse crime, inclusive, que ele tinha mandado de prisão em aberto. Porém, há outros delitos que a polícia atribui a Preá.
“Tráfico, homicídio, lesão corporal e violência doméstica. […] Sabemos quem é Preá e até por isso que eu afirmo que ele já tinha mandado de prisão. A questão é que, tecnicamente, a gente precisa de um laudo de identificação”, explica Christhiane Inocência Coelho, diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom).
A identidade formal de Preá só não foi divulgada pelo que aponta a diretora. Seu envolvimento com crime, no entanto, confirma-se no relato da polícia e dos que moravam perto dele. A pouco metros da casa onde morreu, Preá abriu um bar. “Por lá, só via gente mal encarada. Tinha festa paredão e todo mundo sabia que eles eram envolvidos com o tráfico de drogas”, apontou um morador, sem se identificar, quando a reportagem foi ao local.
O alvo da chacina fazia parte de uma facção criminosa não identificada pela polícia, que se resumiu a dizer que essa era a mesma de seus executores. “Consideremos o seguinte: estamos lidando com criminosos que trabalham no tráfico de drogas. Porém, a motivação do crime é uma situação de ciúmes. Eles faziam parte do mesmo grupo criminoso, da mesma facção”, garantiu a diretora Christhiane.
Os quatros suspeitos pela chacina foram localizados nos fundos de uma residência na zona rural de Mata de São João. Dois deles entraram em confronto com a polícia e foram mortos, um outro foi preso em flagrante sem resistir e o quarto conseguiu fugir e segue sendo procurado. Fontes, que preferem não se identificar, revelaram à reportagem que os dois suspeitos mortos são identificados pelos prenomes de Matheus e Chiquinho. Já o preso, foi identificado pelo vulgo de “Gordo”.
A PC informou apenas que havia mandado prisão para os três homens por “diversos crimes”.
Fonte: Correio