Transmissão do coronavírus é ‘muito alta’ em ao menos 90 municípios, diz governador

Em entrevista nesta sexta-feira, governador fala em adotar medidas drásticas para conter avanço da doença no interior

Alexandre Santos
Foto: Elói Corrêa/GOVBA
Foto: Elói Corrêa/GOVBA

 

O governador Rui Costa (PT) disse na manhã desta sexta-feira (10) que ao menos 90 dos 417 municípios baianos concentram taxas muito altas de transmissão de coronavírus. Ele pediu o apoio dos prefeitos sobretudo para rastrear os casos já confirmados a fim de frear o avanço da doença.

“Nós temos aí cerca de 90 cidades com taxas muito altas, e nós precisamos de medidas drásticas nos próximos dias. Não dá pra pensar nas próximas semanas, não. Tem que ser a partir de hoje, a partir de amanhã, para conter esse crescimento. Quero reiterar aqui o meu pedido, minha orientação aos prefeitos, vice-prefeitos do interior, que fiscalizem as pessoas que testaram positivo pra não ir pra rua.”, declarou em entrevista à rádio Metrópole.

Segundo o governador, pessoas que desobedecem o isolamento mesmo sabendo que estão infectadas estão cometendo crime previsto em lei.

“Eu não digo que e só falta de consciência. É um crime alguém que sabe que está positivo e vai pra rua, vai pro mercado, vai pra feira, vai pra padaria. É um crime. Ela tá contaminando outras pessoas.”

O governador também criticou o comportamento de mais jovens por ser acharem imunes à Covid-19. Desde o início da pandemia, diz Rui Costa, a PM tem flagrado aglomerações em festas e nos chamados paredões de som.

“Eu acho que todo jovem precisa compreender, independente se ele vai ter uma doença grave ou não, é se perguntar se ele tem amor ao pai dela, à mãe, aos avós, aos filhos. Porque o que tem sido característica dessa doença é que é uma roleta-russa, um sorteio”, afirmou.

“Em peço, em uma mensagem dirigida aos jovens, que pensem na sua família, pensem na família do próximo, mesmo que você se considere super-homem que você minimize a doença. Pense no próximo porque a taxa de crescimento que nós temos em várias cidades da Bahia.  Parece que as pessoas resolveram [se comportar] como se tivessem apostando, jogando. Mas elas esquecem, independente do quanto eventualmente elas se considerem super-homem, que elas têm uma família, o vizinho tem uma família”, acrescentou o governador.

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