UFRJ investigará caso de black face em trote da Engenharia

Caloura foi pintada de preto e vestida de garçonete na última quinta-feira (5)

  

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) declarou que irá investigar o trote em que uma aluna de Engenharia foi pintada de preto e vestida como garçonete no campus de Macaé da instituição. A chamada prática de “black face” ocorreu nesta quinta-feira (5).

Na sexta-feira (6), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ se manifestou, nas redes sociais, sobre o assunto: “Essa prática racista foi combatida pelo movimento negro ao longo de dois séculos por ser extremamente ofensiva às pessoas negras e representar uma ideia de supremacia branca, ironia e ridicularização dos corpos negros como caricatos”.

“Evidentemente não houve uma preocupação qualquer com a possibilidade de pessoas negras serem ofendidas e deixou nítida a atitude racista e desrespeitosa vinculada a foto”, completa e texto. “O que as fotos representam é, por si só, muito desgastante para quem vê toda uma luta ancestral para que práticas racistas, como o Black Face, não aconteçam mais”, diz a nota do DCE.

As fotos da “brincadeira” foram compartilhadas em redes sociais e geraram polêmica e revolta. O Diretório também se disponibilizou a receber outras denúncias de trote, informando que esse não foi o único aspecto problemático do qual foram informados.

Ana Paula de Carvalho

@apcsc

Uma caloura do curso de engenharia da UFRJ foi pintada com tinta preta e vestida de garçonete. Pleno 2020 e a gente aqui reafirmando que BLACKFACE É UMA PRÁTICA RACISTA.

A Direção do Campus também se manifestou sobre o ocorrido, por meio de nota oficial no site, e garantiu que o caso será investigado: “A Direção do Campus UFRJ-Macaé repudia quaisquer manifestações de caráter racista em suas dependências e abrirá inquérito para apurar o ocorrido no dia 05 de março no trote dos calouros da Engenharia”.

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