Um ano sem Beatriz: Mãe faz desabafo sobre o caso

Ação Popular (AP)

O Governo do Estado de Pernambuco já demostrou incapacidade nas investigações para solucionar o caso Beatriz Angélica que foi covardemente assassinada dentro do Colégio Maria Auxiliadora em 10 de dezembro de 2015. Com o passar do tempo aumentou o número de promotores e delegados nas investigações, mas de nada adiantou para desvendar quem matou a menina Beatriz.

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Desgastado, o governo pernambucano  transferiu a responsabilidade dos trabalhos de investigações para a delegada de Olinda, Gleide Ângela. Ela irá trabalhar ao lado do delegado Marceone Ferreira. Cansados de tanto esperar por uma solução, os pais reuniram com o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, contando ainda com as presenças do deputado federal Aldalberto Cavalcanti (PTB) e do ex-deputado federal Edson Duarte(PV),  solicitando cooperações nas investigações através da Polícia Federal.

Durante entrevista ao programa de Graça Araújo, na tarde desta sexta-feira (09), a mãe de Beatriz, Lucinha Mota fez as seguintes declarações: “Acreditamos no trabalho de Doutor Marceone. O que nós estamos querendo é investimentos técnicos na Polícia Civil de Pernambuco, é precário entrar numa delegacia e perceber policiais civis disputando computador e uma cadeira para sentar. Mas vejo a dedicação do trabalho deles diante do caso (…) A Policia Civil de Pernambuco precisa de apoio técnico da Polícia Federal, cheguei a falar com o governador Paulo Câmara para que desse atenção aos policiais”.

Lucinha foi questionada se suspeitava de alguém.”Eu não tenho como suspeitar de alguém porque nunca existiu um fato que pudesse justificar tal brutalidade. Nós morávamos na saída de Juazeiro, em uma chácara onde não tinha segurança pública, iluminação, então se fosse algo para a nossa família ali seria o local ideal”. Ela não descartou que alguém tenha cometido o crime para atingir a instituição. “Já me passou pela cabeça que alguém queria atingir a instituição ou a Igreja Católica. Existe outras linhas de investigações”. Ela disse ainda acreditar na justiça. “Tenho certeza que a policia vai colocar as mãos nesse assassino”.

Posição do Colégio

Ela lamentou a decisão do colégio por proteger a imagem da instituição. “A direção da escola tenta apenas proteger a imagem do Colégio. Então se o delegado apontou cinco suspeitos sendo funcionários do colégio, então tem que ser investigado. O Colégio ou a sociedade não pode colocar uma pedra em cima das investigações”.

Fato lamentável

Esta semana o ex-prefeito de Petrolina, Augusto Coelho foi para a imprensa tomar partido sobre o caso tentando proteger a imagem da escola, o que gerou indignação dos pais e parte da sociedades de Petrolina e Juazeiro. “Tem pessoas pré-histórica que acha que com o encerramento do caso vai proteger a imagem do colégio. Na verdade a imagem do colégio foi manchada por permitir que o fato acontecesse. O colégio não tinha segurança, foi omisso em todos os sentidos (…) O périto  Gilmário confirmou que o crime foi planejado com um dia de antecedência”.

Afastamento da unidade de ensino

Ela afirmou ainda que não tem mais contato com o colégio. “No início tinha contato com as irmãs que administram o colégio, depois não tivemos mais. Fiquei triste com esta posição adotada. Hoje entrando no estacionamento da instituição não se vê um carro com o adesivo de Beatriz”.

Ela concluiu descartando que o movimento tenha cunho religioso. “Não é uma luta contra a religião, somos católicos, é uma luta por justiça. O minimo que esperávamos da instituição era que abraçasse a causa”.

Está programado para amanhã (10) uma grande concentração na porta do Colégio Maria Auxiliadora a partir das 19h.

 

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