Uma feira escandalosa

Opinião

O Governo Raquel é desastroso na comunicação. Quem, na verdade, só se comunica na gestão é ela própria, mas somente pelas redes sociais. Às vezes, lembra mais uma blogueira, como mostrou em vídeo com o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, gravado, anteontem, em Brasília, na antessala do auditório, enquanto o ato da transmissão de posse não começava.

O que se ouve nos bastidores do Palácio das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, é que há uma proibição expressa aos secretários na relação com a mídia. Nem mesmo quando há notícias desagradáveis, esse figurino se altera. Ontem, por exemplo, a mídia noticiou, a partir de fato levantado por este blog, um acontecimento escandaloso, que não mereceu nem um tipo de posicionamento do Governo.

Trata-se da dispensa de uma licitação de R$ 52 milhões para uma feira de livros, a Feira Nordestina de Livros (Fenelivro), através de uma empresa com zero de capital social, com o nome de fantasia Andelivros. Está pintando como o primeiro escândalo na gestão tucana. Como se dá na pasta da Educação, vale a ressalva de que a governadora não foi capaz de atender o conjunto da categoria dos professores, deixando sem reajuste 52 mil profissionais.

Pela leitura envolvendo inelegibilidade, o que leva a levantar suspeitas, tamanha a dinheirama, é que seu objetivo se destina a contemplar uma entidade privada para realização de uma feira, atendendo, consequentemente, aos interesses de livreiros que operam entre o Agreste e a Zona da Mata, associados a Andelivros, nome de fantasia, cuja razão social é a Associação do Nordeste de Distribuidora e Editoras de Livros, com, repito, zero de capital social.

Incerteza do evento – Coordenador da Fenelivro, objeto da dispensa escandalosa de uma licitação da ordem de R$ 52 milhões, Afonso Carvalho disse à repórter Juliana Albuquerque que não estava certa ainda a realização da feira literária. Segundo ele, a promoção faz parte da iniciativa privada, sendo a feira aberta ao público. Com a palavra, até ontem não dada, da governadora ou da secretária estadual de Educação.

Por: Magno Martins

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