A partida contra o Ceará, no sábado, vale mais, muito mais que apenas uma vaga na Primeira Divisão. Bem mais precioso de um clube de futebol, a torcida é que estará em jogo no Maracanã. Uma geração inteira de vascaínos será afetada em caso de mais um ano na Série B.
Pesquisas como a feita pelo Ibope desde 1998 mostram que o crescimento da torcida de São Januário tem sido menor do que o dos rivais, reflexo dos últimos 16 anos em que ela esteve longe dos títulos e próxima demais de rebaixamentos e desilusões. Para o ídolo Carlos Germano, multicampeão nos anos 90, esse fenômeno é preocupante.
– É difícil porque o time está perdendo novos torcedores – reclamou o ex-goleiro: – O filho vê o pai triste e acaba escolhendo aquele que está vencendo. É normal.
Em 1983, uma pesquisa feita pelo Instituto Gallup apontou o Vasco como o dono da terceira maior torcida do país. Na pesquisa mais recente do Ibope, de 2014, o clube aparece em quinto e seriamente ameaçado pelo Atlético Mineiro, sexto. A mesma pesquisa colocou o Cruzmaltino como o 11º time entre torcedores de 10 a 15 anos, um sinal da dificuldade que vem enfrentando para renovar sua torcida.
– Isso gera um prejuízo grande para o clube – lamentou o ex-volante Luisinho: – A torcida precisa se renovar, o que acontece menos com esses problemas que o Vasco tem passado.
Qualquer clube sem torcida está fadado a definhar. Cabe à diretoria que prometeu respeito e à equipe de Jorginho vencer o Ceará e evitar que isso aconteça.