A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre os estados do Maranhão e Tocantins, no último dia 22/12, deixou ao menos 17 mortos.

Até o momento, houve a identificação de nove vítimas resgatadas. Outras oito estão desaparecidas. Uma delas é Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos. Ela é descrita pela irmã, Amanda Rodrigues, como uma pessoa “forte e decidida”. Lorena deixa dois filhos e o marido.

A segunda vítima identificada foi Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos. Ela estava em um dos caminhões que transportavam portas de MDF, que haviam saído de Dom Eliseu (PA). No caminhão viajavam também outras duas vítimas: o motorista do caminhão Ansio Padilha Soares, de 43 anos, e a esposa dele, Silvana dos Santos Rocha, de 53. Os dois eram avós de Lorranny.

Outra vítima já identificada é Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos. Ela morava em Aguiarnópolis (TO), mas trabalhava em Estreito (MA). A travessia diária fazia parte da rotina para o trabalho.

Kecio Francisco Santos Lopes, que era motorista de caminhão, também morreu na queda da estrutura. A colega de profissão de Kecio, Andreia Maria de Sousa, de 45 anos, também foi uma das vítimas da tragédia. Ela era casada. O esposo foi quem reconheceu o corpo da mesma.

Também morreram naquele dia 22 o vereador Ailson Gomes Carneiro e a esposa dele, Elizângela Santos Chagas, de 50 anos. Ailson era vereador de Novo Repartimento (PA) e assumiria o segundo mandato, após ser reeleito este ano como o segundo mais votado da cidade, com 1.568 votos.

Após a confirmação da morte de Ailson, a Prefeitura de Novo Repartimento emitiu uma nota de pesar. “A cidade perde um grande líder, um homem dedicado ao serviço público e à melhoria da vida de seus cidadãos. (…) Neste momento de grande tristeza, a prefeitura se solidariza com a família, amigos e todos os munícipes que sentirão a ausência deste grande homem”.

Elizângela estava junto de Ailson havia mais de 30 anos. Segundo familiares, eles estavam a caminho de Palmas (TO), onde passariam as festas de fim de ano com a família.

A queda

A ponte cedeu na tarde do último dia 22/12. Embora apresentasse fissuras na base lateral, não estava interditada. Um vereador da região registrou as rachaduras e o momento em que parte do pavimento cedeu. A queda do vão central foi registrada por um morador do local.

Os trabalhos de resgate são coordenados pela Marinha do Brasil.

O governo federal anunciou entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para reconstrução da estrutura. A expectativa é finalizar a obra em 2025.

Ainda estão desaparecidos:

Alessandra do Socorro Ribeiro;
Beroaldo dos Santos;
Cássia de Sousa Tavares;
Cecília Tavares Rodrigues;
Felipe Giuvannucci Ribeiro;
Gessimar Ferreira;
Marçon Gley Ferreira;
Salmon Alves Santos.