Vereador Renato Brandão presta homenagem à Professora Bebela; veja vídeo
Redação
“O meu discurso é para fazer uma justa homenagem a uma das cidadãs mais ilustre de nossa cidade, a Professora Maria Izabel Muniz Figueiredo”, foi assim que o vereador Renato Brandão (PL) iniciou seu discurso na tribuna da Casa Aprígio Duarte Filho, nesta terça-feira (12), quando prestou homenagem póstuma à Professora Maria Izabel Muniz Figueiredo, Bebela.
“Ela partiu no último dia 9 após uma luta incansável, convivendo com seus familiares, falecendo em sua casa aos 94 anos. Ela deixou seu legado. A história de Bebela se confunde com a história do rio São Francisco. Sabemos que a lenda que criou o rio é das lágrimas de uma índia pela morte de um guerreiro que não retornou, e assim nasceu o rio mar, o Opará. Já em 1.501, quando Américo Vespúcio navegando pela foz do rio -, em 4 de outubro de 1.501-, batizou o rio de Rio São Francisco”, revelou o Vereador.
Dando continuidade ao seu discurso, Renato Brandão disse que a partir daquele momento começou a vida dos franciscanos, dos povos ribeirinhos (os indígenas), a povoação do rio São Francisco. “Assim surgiram as lendas. Os portugueses chegaram às carrancas. Quem nunca ouviu a história das carrancas que afastavam os maus espíritos? Quem nunca ouviu a história do Nego D’água? Bebela viu o Nego D’água quando tinha cinco anos de idade. Ela foi contestada por outras pessoas, mas ela viu. Eu acredito porque na memória de uma criança enxerga as coisas como quer. Ela fez questão de levar para as pessoas a história do Rio São Francisco. Lembro como criança quando estudava no Educandário São Francisco quando chegava o dia 19 de agosto, dia do folclore, a presença de Bebela era marcante na escola. Ela chegava fantasiada de chapéu grande, lenço no pescoço, e ali vinha as histórias sobre o Nego D’água, navio fantasma, minhocão, homem da meia noite”.
“Crescemos ouvindo essas histórias através de Parlin quando publicou as histórias do Nego D’água, Mãe D’água, Nossa Senhora da Rapadura. Todas essas histórias levadas para a sociedades através de Bebela. Mais tarde podemos vê o Nego D’água retratado por Ledo Ivo”, disse.
Ele concluiu solicitando da sociedade que a sua arte e história não se percam com o passar do tempo lembrando outros grandes nomes que fazem parte da história de Juazeiro. “Pessoa como Bebela não morre. Ela deixou a vida para entrar na história, na memória popular, nos festejos e folclore popular de nossa gente. Outros como Bebela não podem se perderem no tempo como a Professora Lourdes Duarte, Américo Tanuri, Judith Leal Costa, Joana Ramos, Antonílio da França Cardoso, Guiomar Lustosa, Pedro Raimundo Rego, Galvão, João Doido, Manuca Almeida, Edson Ribeiro, Dr. José Inácio e Francisco Martins Duarte”.