Vereadores lamentam comportamento de Tolentino
Do Ação Popular
Durante a sessão desta última terça-feira (26), na Casa Plínio Amorim, o líder da bancada de oposição, vereador Ronaldo Cancão (PSL) trouxe à tona um polêmico episódio ocorrido no último sábado (23) envolvendo o até então prefeito interino de Petrolina, Osório Siqueira (PSB), e Orlando Tolentino – um dos homens de confiança do prefeito cassado, Júlio Lóssio (PMDB).
Segundo Cancão, Tolentino teria se excedido ao comemorar a ação cautelar ganha na última sexta-feira (22) por Lóssio no Tribunal Superior Eleitoral – TSE, que o garantirá no cargo até o julgamento do agravo. O vereador revelou que o assessor especial de Lóssio teria se dirigido de forma ríspida a Osório – que se encontrava na prefeitura, no final da tarde do sábado, inclusive esmurrando seu gabinete.
“A porta que Osório entrou no segmento de respeito, não foi à mesma porta na sua saída. Alguns secretários do prefeito atual invadiram a prefeitura com gritarias, dando murros em parede, batendo em birô e pedindo para Osório se levantar e sair da cadeira, porque a cadeira era de Lóssio, tenho certeza que isso não é aprovação dele. A prefeitura não é propriedade de ninguém, a prefeitura é uma passagem e tem que ser respeitada”, lamentou.
Procurado pela imprensa, Osório, que já retomou a presidência da Câmara de Vereadores, confirmou o relato de Cancão, mas procurou minimizar o episódio. “De fato ele chegou gritando muito alto, batendo no birô e dizendo ‘vocês vão sair, porque agora é Júlio, é Júlio! ’, até eu falei rapaz entrou um doido na prefeitura, eu me levantei e pedir para ele ter calma e perguntei o que estava acontecendo. Compreendi que o momento era de comemoração e ele estava fora do normal naquele momento”, avaliou o presidente.
Osório lembrou ainda que momentos depois, Tolentino reconheceu o excesso e chegou até a pedir desculpas. “Ele disse que se fosse o caso até se retrataria a imprensa, mas para mim isso já foi passado”, garantiu.
Para o vereador, Alvorlande Cruz (PRTB), houve um engano no diz respeito à retirada de Osório da Prefeitura. “Eu acho que há um engano quando se colocaram que tiraram Osório Siqueira de lá, o que houve foi uma colocação de um servidor que disse que saiu o resultado e pediu que o mesmo descesse para evitar um confronto, essa foi à colocação. Eu não falo com fuxico e sim com a verdade”, esclareceu.
Diante de toda confusão, o Vereador José Batista da Gama (PDT) lamentou a situação. “Achei inoportuno e antiético, porque ele é policial federal aposentado e não tem direito de fazer isso, se estivesse na ativa teria que dar segurança a população. Ele é homem igual aos outros, faltou equilíbrio e respeito e cabe uma retratação pública, não tem negócio de desculpa, tem mesmo que se retratar e pedir desculpa a população e a Osório”, desabafou.
Informações de Waldiney Passos/Rádio Jornal do Commércio