O Conselho Regional de Medicina de SP (Cremesp) registrou, em fevereiro deste ano, o médico cirurgião João Batista de Couto Neto, de 46 anos, mesmo com denúncias contra ele. O profissional foi preso na quinta-feira, 14, enquanto exercia a medicina em um hospital do município de Caçapava (SP),
João Batista é investigado em vários inquéritos por ter cometido dezenas de negligências médicas que teriam provocado mortes e mutilações em mesas de cirurgia de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
O Cremesp explicou que, quando aceitou o registro de João Couto, sabia que o profissional havia enfrentado uma suspensão de licença no RS, mas que “era obrigado a efetuar o registro do médico”, porque a restrição era parcial, de acordo com o G1. Ainda segundo o Cremesp, “cabe às autoridades e ao Conselho do Rio Grande do Sul”.
O mandado de prisão preventiva foi expedido na quarta-feira pelo juiz Guilherme Machado da Silva, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O médico foi indiciado por homicídio doloso pela Delegacia de Novo Hamburgo, com base na conclusão de três inquéritos. A polícia suspeita que, ao todo, ele possa estar por trás de pelo menos 42 mortes de pacientes e outros 114 casos de lesão corporal.