Nascido e criado em Bento Ribeiro, bairro da Zona Norte do Rio onde nasceu Ronaldo, o Fenômeno, Victor Hugo, não tem ainda esse status no Flamengo, mas vem na esteira da geração pós-Vinícius Júnior, que carrega a esperança em uma venda parecida com a que o clube fez para o Real Madrid.
A multa do meia de 18 anos chega a 100 milhões de euros (R$ 532 milhões na cotação atual), e o trabalho do técnico Paulo Sousa em lapidar o jogador gera a expectativa de uma negociação por pelo menos um terço desse valor. A gestão da carreira é dos mesmos agentes de Vini, que assumiram Victor Hugo pouco antes da venda milionária do principal cliente em 2017, por 45 milhões de euros.
A avaliação do estafe é que tudo vai depender da movimentação do mercado do meio do ano. O foco é no desenvolvimento do cria do Ninho, que renovou contrato no ano passado até 2027.
Victor Hugo chegou ao clube com 12 anos, após passagem por Madureira, Marabú e Vasco. O gol marcado no dia do aniversário, sacramentou a classificação na Copa do Brasil, na terceira partida do jovem, que surge como opção no setor criativo, dependente de Éverton Ribeiro e Arrascaeta.
Canhoto, o garoto se destaca pela boa estatura e porte física, sem prejuízo de sua técnica. A testada contra o Altos que o diga.
— A gente sempre levou para treinar na intenção de diverti-lo. A gente sabia do potencial, mas não sabia que seria jogador, só queríamos que ele tivesse um lazer. Quando saímos do Vasco e o Flamengo nos chamou logo depois, aí o negócio começou a ficar sério — conta o pai, Seu Welington Gomes, policial militar no Rio.
Com 14 anos, Victor Hugo já disputava artilharia, era eleito o melhor da posição e assinou o primeiro contrato com a fornecedora de material esportivo. Passou a figurar nas seleções de base, e fez 27 gols em 30 jogos em 2021.
O meia tem Neymar, do PSG e da seleção brasileira, como ídolo. Mas chegou a afirmar, em entrevista ao jornal espanhol As, em novembro de 2021, que seu estilo é parecido com o de Kevin De Bruyne, craque do Manchester City de Pep Guardiola.
“Gosto muito do futebol do Neymar, mas acho que o meu jogo é mais parecido com o do De Bruyne que tem bons passes, ele também finaliza, cria, chega ao ataque”, comparou.