Vídeo: comerciante baleou turista americano já caído e deu “tiro de misericórdia” em Boa Viagem

Felipe Rocha de Hollanda Cavalcanti, de 55 anos, responde por homicídio doloso por motivo fútil e sem chance de defesa

 

Por: Felipe Resk, do Diário de Pernambuco
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Reprodução/PCPE
Vídeo de câmera de segurança mostra o momento exato em que o comerciante Felipe Rocha de Hollanda Cavalcanti, de 55 anos, executa com cinco tiros o turista americano David Barbosa de Carvalho, 42, na calçada de um bar de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O crime aconteceu na madrugada do dia 15 de janeiro.
Com mandado de prisão preventiva, Felipe é réu por homicídio doloso, cometido por motivo fútil e sem chance de defesa. À Polícia Civil, ele alegou ter agido em legítima defesa.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o comerciante atirou cinco vezes contra a vítima, na região do tórax, após uma discussão por causa de uma suposta dívida. A perícia apontou hemorragia interna grave como a causa da morte do turista americano.
Os primeiros disparos foram dados ainda à distância. Em relatório de investigação, obtido pelo Diario de Pernambuco, descreve a execução do turista.
“Felipe continuou a atirar, mesmo com David já caído e indefeso, executando-o com um último tiro fatal à queima-roupa (tiro de misericórdia)”, diz o documento.
Homicídio
Na denúncia, MPPE afirma que o comerciante “passava por dificuldade financeira” e possuía um estabelecimento que era “usado pelo denunciado como ponto de apoio para beber”.
Já David era natural da Califórnia, nos Estados Unidos, e viajou ao Recife para visitar parentes. Segundo a investigação, ele estava hospedado em um imóvel a cerca de 500 metros do local do crime.
A denúncia narra que os dois estavam comprando cerveja de outro bar, chamado Flor do Mangue, que pertence a uma terceira pessoa. A discussão teria começado por causa de uma suposta dívida de David naquele estabelecimento.
De acordo com a promotoria, Felipe teria alegado que estava “arcando sozinho com o custo das cervejas consumidas por ambos”. “A discussão evoluiu, com um chamando o outro para ‘briga’, sendo que o denunciado recuou, fechou o seu estabelecimento e deixou o local em sua motocicleta”, diz o MPPE, no documento.
O empresário foi buscar a arma e voltou ao local da briga, de acordo com a denúncia. “Você quer vir, então toma!”, teria ameaçado o acusado, antes de atirar, de acordo com uma testemunha.
Após o assassinato, o comerciante fugiu do local e se apresentou depois no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Na ocasião, o réu entregou a arma do crime, um revólver calibre .38, registrado no nome dele.

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