[Vídeo] Professores ocupam praça da cidade no segundo dia de protesto em Juazeiro

 

Ação Popular (AP)

Os professores das redes municipal e estadual de Juazeiro participaram ontem (02), na sede da APLB Sindicato de assembleia, sendo que no dia de hoje (03) eles fizeram um grande protesto na Praça Antonílio Cardoso, centro da cidade, contra os ataques que a categoria vem sofrendo com as ações do Governo Federal, e ainda contestando alguns problemas relacionados ao próprio município. A paralisação fez parte das atividades da Greve Geral da Educação que aconteceu nesses dois dias, convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).

Gilmar Nery

“Estamos satisfeitos com a mobilização, os professores aderiram a paralisação e atenderam o chamado da convocatória da APLB e nós estamos como sempre buscando resolver os problemas da educação através das mobilizações,” comemorou o diretor regional da APLB-Sindicato, Gilmar Nery.

O líder sindical destacou que o professor que não luta não é digno de seus direitos. “Aqueles professores que ainda não se conscientizaram deveriam estar aqui, eles tem que pensar direitinho e aderir a luta dos seus colegas e sindicatos em prol de benefícios para a própria população, não trabalhamos em prol de benefícios individuais e sim benefícios coletivos e é por isso que estamos nos unindo na luta com estudantes do país”.

Para o diretor, a educação tem que ser dirigida pelos educadores e não pela segurança pública. “Precisamos da segurança pública para apoiar a educação no sentindo de garantir a educação pública e de qualidade. Necessitamos da interferência da segurança quando os alunos estão atacando os professores, mais que tem que ensinar são os professores e não a segurança”. Ele frisou que a entidade continuará em busca de melhorias para a categoria. “Não aceitamos amordaça e sempre vamos trabalhar no sentindo de defender o professor e ser contra a falta de recursos nas universidades estaduais e federais. Aqui em Juazeiro a Univasf vem sofrendo e já temos conhecimento que o restaurante não está fornecendo alimentação por falta de recursos, além disso, já está faltando papel higiênico nos banheiros e material de limpeza”, lamentou.

Gabriel Arcanjo

Presente no ato, o diretor do Sindicato dos Eletricitários da Bahia Gabriel Arcanjo, condenou os problemas enfrentados pelos professores. “É um movimento forte em defesa da educação, eu como representante dos eletricitários estou aqui dando apoio à categoria e que a gente possa mudar a cabeça dos governantes. A educação é o ponto mais importante de qualquer sociedade. Este Governo do presidente Jair Bolsonaro quer acabar com tudo e aqui em Juazeiro não é diferente, tem uma Secretária perseguidora da classe de educação que fica prejudicando o andamento das coisas e não tem autonomia para decidir nada. Temos que nos unir e combater essas pessoas que querem a qualquer custo acabar com a educação de qualidade”, detonou.

Professora Ednalva dos Santos, conhecida popularmente como Biquinha

A professora Ednalva dos Santos, conhecida como Biquinha, frisou que a mobilização em Juazeiro é legitima, uma vez que precisa cobrar do governo municipal um atitude com relação ao concurso público. “Não estamos contestando contra as pessoas que estão trabalhando e foram aprovadas no concurso e sim que elas trabalhem com qualidade, então precisamos nos mobilizar e acredito que o movimento precisa ser fortalecido para que o concurso aconteça”.
Ela lamentou a ausência dos alunos e professores da Univasf. “Sabemos que em nível nacional todas as universidades estão sendo prejudicadas e aqui em Juazeiro não vem sendo diferente, e infelizmente as pessoas ficam presas e elas deveriam estar aqui fortalecendo este processo”.

Expedito Vasconcelos

Por fim, o professor Expedito Vasconcelos afirmou que os profissionais da área de educação atendeu ao chamamento. “A entidade tem dado credibilidade à categoria devido as ações realizadas, e a prova disso que os professores atenderam o nosso chamado e hoje está aqui na praça fazendo este grande protesto mostrando para a sociedade a realidade dos fatos. A nossa próxima luta em Juazeiro será contra o IPJ que está massacrando o trabalhador e lutar pela realização do concurso público para professores da rede municipal”, avisou.

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