Vigilância Sanitária recolhe amostras de carne em supermercados do Rio

Operações foram realizadas em supermercados em Botafogo e em Copacabana
Operações foram realizadas em supermercados em Botafogo e em Copacabana Foto: Analice Paron / Agência O Globo
Analice Paron,Pollyanna Brêtas – O Globo

A Vigilância Sanitária Municipal do Rio percorreu dois supermercados da Zona Sul da cidade e recolheu, neste sábado, cinco lotes de carne moída e carne embalada a vácuo para análise química do produto após as denúncias de irregularidades da operação Carne Fraca, da Polícia Federal. De acordo com o órgão, as amostras vão para exame laboratorial microbiológico, fisicoquímico e de rotulagem. Os resultados devem sair entre cinco e sete dias. De acordo com a Vigilância Sanitária, por mês, são cerca de 500 denúncias sobre suspostas irregularidades em produtos alimenticios e estabelecimentos que comercializam alimentos.

— Vamos coletar carne industrializada e liberada pelo Ministério da Agricultura. Todos os dias, na próxima semana, a Vigilância Sanitária estará em pelo menos três supermercados, observando o armazenamento, a temperatura, além da higiene do manipulador e integridade da embalagem. Estes são itens fundamentais. As amostras também serão analisadas e, em caso de irregularidade, vamos informar ao órgão federal competente para a comunicação ao produtor — afirmou Aline Borges, coordenadora técnica de Alimentos da Vigilância Sanitária Municipal.

 

Para os consumidores, a recomendação é observar todas as características do produto, especialmente os fracionados e reembalados pelo próprio estabelecimento.

— Se comprar a carne e, na hora de abrir a embalagem, encontrar uma característica suspeita a orientação é entrar em contato com o número 1746, da Prefeitura do Rio, para coleta do lote e para a verificação do problema — disse Aline Borges.

Dentro dos supermercados, os consumidores que compravam carnes estavam desconfiados, mas não deixaram de consumir o produto. O profissional de Educação Física Bruno Ferreira, de 32 anos, disse que, mesmo antes da Operação Carne Fraca, evitou produtos processados e embutidos.

— Continuo comprando carne e frango. Na minha opinião, ainda tem muita coisa a ser investigada. Sempre comprei neste estabelecimento, sempre com as mesmas marcas e nunca tive problema — afirmou Bruno Ferreira, que preferiu se concentrar no prazo de validade na hora de escolher a carne.

A operação Carne Fraca investiga denúncias de oferecimento de propina a agentes públicos do Ministério da Agricultura para facilitar a liberação de produtos estragados e vencidos. De acordo com a Polícia Federal, foram 27 mandados de prisão preventiva e 11 de temporária. O Brasil, no ano passado, foi o segundo maior produtor de carne do mundo e o primeiro em volume de exportação, com vendas para 150 países.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *