Viúva e filho de médico morto podem ser excluídos da herança

Por Raphael Guerra 

Corpo de médico foi encontrado dentro de poço em condomínio de luxo em Aldeia. Foto: Facebook/Reprodução

A farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paes e o engenheiro Danilo Paes Rodrigues podem perder o direito à herança milionária do médico Denirson Paes da Silva, assassinado em Aldeia. A Justiça começou a analisar o pedido para que a viúva e o filho mais velho do médico, acusados do crime, sejam excluídos do inventário. A ação foi solicitada pelo filho mais novo, Daniel Paes.

Na petição inicial, Daniel alegou que” há indignidade da mãe e do irmão, por estarem sendo acusados pelo crime de homicídio do médico”. A juíza Anna Regina de Barros, da 2ª Vara Cível da Comarca de Camaragibe, será a responsável pela decisão. “Nesse tipo de caso, geralmente o Judiciário espera o resultado do processo criminal para proferir uma decisão sobre o pedido”, informou a assessoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

O processo criminal que tem como réus Jussara e Danilo Paes tramita na 1ª Vara Criminal da Comarca de Camaragibe. A juíza Marília Falcone Gomes está aguardando a entrega das alegações finais por parte dos advogados de defesa dos réus para decidir se os acusados irão a júri popular pelo crime.

Durante as investigações, a defesa de Jussara Paes disse que a viúva teria praticado o crime sozinha, no condomínio de luxo onde morava a família, porque não aguentava mais supostas agressões e humilhações praticadas pelo marido. A defesa também alegou que o estopim do assassinato foi a descoberta de que o médico mantinha um relacionamento extraconjugal e que iria pedir a separação. Os advogados também afirmaram que  Danilo Paes não participou do crime – apesar de as perícias e a reconstituição apontarem que Jussara não agiu sozinha.

Jussara Paes continua presa preventivamente na Colônia Penal Feminina do Recife. Já Danilo está em liberdade desde dezembro do ano passado. A conversão da prisão preventiva em liberdade provisória atendeu ao pedido da defesa dos réus. No entanto, ele está cumprindo medidas restritivas, como a proibição de manter contato com testemunhas do processo e não pode sair de casa no período noturno. (JC)

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