Voto de Nunes Marques dá “carta branca” a novas intentonas golpistas, avaliam ministros do STF
“Ele está dando uma autorização para fazerem tudo de novo”, resumiu um ministro
Os membros do Supremo Tribunal Federal (STF) reagiram negativamente ao voto proferido pelo ministro Nunes Marques durante o julgamento do primeiro réu dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. De acordo com informações obtidas por Daniela Lima, do g1, a interpretação do ministro foi vista como um “uma carta branca” para futuras tentativas de desestabilizar os poderes constituídos por meio da violência e da força.
Em seu voto, o ministro ignorou a natureza golpista dos eventos de 8 de janeiro e afirmou que os indivíduos envolvidos no maior atentado ao Estado de Direito desde o fim da ditadura eram, na verdade, “incompetentes” que escolheram um caminho impraticável para tentar mudar o rumo do país.
Ao analisar o caso do primeiro réu, Marques baseou-se no fracasso da tentativa de subverter a ordem para argumentar que os golpistas não tinham chances reais de sucesso, resultando na absolvição do réu das acusações de crimes contra a democracia. Ele defendeu a condenação apenas por danos ao patrimônio público e depredação, com uma pena de dois anos e meio de detenção em regime aberto. “Ele está dando uma autorização para fazerem tudo de novo”, expressou um membro do STF ainda durante o julgamento desta terça-feira (13).
Apesar da divergência inaugurada por Nunes Marques, a expectativa é de que a linha adotada pelo