Witzel recado duro para Bolsonaro ao afirmar que milícia é uma ‘máfia’ para o Estado
O governador do Rio apresentou, na manhã desta terça-feria, um balanço de seu primeiro ano de governo
Por Anderson Justino
“Milícia, traduzindo para a linguagem forense, é máfia. A máfia age de forma subliminar. Ela age de forma não ostensiva e, inclusive, com cooptação de agente do estado”
Witzel diz que para agir contra a milícia foi preciso criar um departamento de combate à lavagem de dinheiro. De janeiro a novembro deste ano a polícia do Rio prendeu 377 milicianos em todo o Estado. Para o governador, esse número é considerado histórico em sua primeira gestão.
O governador apresentou no Palácio Guanabara o balanço do primeiro ano de governo.
Angra dos Reis terá UPPs
No próximo dia 23, Witzel irá se reunir com o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, e irá propor a criação de três Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), na cidade da Costa Verde. A decisão foi tomada por conta dos últimos incidentes criminosos na região.
“Nós estamos atentos a situação. Aquela região foi conquistada pelo crime organizado porque é uma região que facilita a entrada de armas e drogas pela baía. E, a situação, realmente, naqueles morros é muito delicada. Então eu conversei com o comandante Figueiredo e pedi a ele propostas e sugeri que nós iniciássemos três UPPs na região”.
Programa para sonegação de ICMS
Witzel também anunciou para o próximo ano um programa para combater a sonegação de o imposto sobre serviços (ICMS) estadual.
“Para diminuir esse prejuízo, a partir do ano que vem vamos implantar um modelo eletrônico de pagamento, já em estudo na Secretaria de Fazenda. Queremos alargar a base de pagamento do ICMS. Hoje”.
O governador não descartou a possibilidade de venda da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).
“Evidente que o Bolsonaro não se preparou. Você não consegue conversar com ele sobre economia. Quando quero me dirigir ao governo federal, eu converso com o ‘Posto Ipiranga’ – apelido dado por Bolsonaro ao ministro Paulo Guedes – e resolvo”.