As experiências no Estadual e a queda de rendimento recente minaram a confiança da torcida no técnico Zé Ricardo. Mas não a do elenco no seu comandante e a do próprio treinador no grupo. Após a vitória sobre o Atlético-PR na Libertadores, Zé afastou as críticas sobre escalações e troca de peças no time, e colocou novamente o desempenho e o mérito dos atletas como determinantes para a escolha.

– O grupo é profissional, unido, gosta de trabalhar em cima de objetivos. Temos objetivos muito grandes. Sabemos das dificuldades. A união facilita muito. O grupo sabe o que quer. Temos opções, trabalhamos em cima delas, as situações de jogo nos coloca em situações novas. Temos que ter o mínimo de certeza do que a gente coloca no campo, com convicção. Sobre os atletas que estão entrando, como Donatti, se mostrou à vontade, houve a oportunidade, está aproveitando bem. Quem tiver melhor rendimento vai ter chance. A luta tem que ser sadia – avisou Zé, que também inovou ao lançar Trauco no meio-campo na ausência de Mancuello e Everton.

As avaliações de desempenho acontecem nos treinos fechados, onde o técnico faz experiências sem o conhecimento da torcida. O único parâmetro foram as quatro partidas sem vitórias até o jogo desta quarta-feira contra o Atlético-PR. Antes disso, o time havia perdido a mobilização e o ritmo de jogo de quem domina e se impõe em campo. Desta vez, recuperou. O que demonstra que, na dificuldade, o elenco se une na direção estabelecida por Zé Ricardo. Ao ter o nome anunciado no telão, o técnico chegou a ser levemente vaiado no Maracanã. No fim, ultrapassou mais um desafio de sua breve carreira. E bancando suas convicções.

– A gente tem uma forma de jogar. Atletas importantes do nosso elenco foram bem. Quem entrou cumpriu a função. Essa energia da torcida fez o time entrar de forma elétrica. Esse conjunto acabou dando um enredo principal para fazer um grande jogo – exaltou Zé, de novo em paz com a torcida do Flamengo.